COMO FERREIRA TORRES (BEM AO SEU ESTILO) REAGIU À DETENÇÃO DE PIMENTA A UM DOMINGO, PROVAVELMENTE, DEPOIS DA DIGESTÃO DO CABRITO! (VÍDEO)

Estávamos a 15 de Dezembro de 2002.

Desportivamente o Vitória, orientado por Augusto Inácio, andava na crista da onda.

Porém, extra-campo vivia em constantes convulsões. Houvera ocorrido a famigerada "assembleia dos capangas", a Polícia Judiciária, mediante indicações do Ministério Público, não largava a porta da sede vitoriana e o que se temia haveria por suceder: Pimenta Machado, presidente do clube há 22 anos, seria detido para primeiro interrogatório judicial.

Tal sucedeu a meio da tarde desse dia, um Domingo, sendo imediatamente conduzido à sede da Polícia Judiciária, onde deveria pernoitar antes de ser ouvido no dia seguinte pela Juiz de Instrução que tinha o inquérito em mãos. Nesse momento, o presidente vitoriano encontrava-se indiciado pela prática dos crimes de peculato, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

Não obstante os méritos da investigação, mais uma vez a justiça quisera demonstrar um músculo desnecessário. Na verdade, a residência de Pimenta Machado era conhecida das autoridades, não existia perigo de fuga e, facilmente, poderia ser notificado para comparecer ao Ministério Público para ser ouvido. Caso, todavia, existisse algum receio, até de perigo de perturbação do inquérito, também, não nos pareceria crível que entre as 16h45m desse Domingo (após o assado dominical) que foi a hora em que foi detido e as 09 da manhã da Segunda-feira seguinte a investigação pudesse ver os seus alicerces abalados.

Por essa razão, quando instado a comentar o sucedido, Avelino Ferreira Torres, um dinossauro da política autárquica nortenha, e quase crónico presidente da Câmara Municipal do Marco de Canavezes, não teve papas na língua... e no fundo, do alto da crueza das suas palavras, terá tido razão. Independentemente do lado em que nos posicionássemos...

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