ALMIRO E BRITO - COMO O MESMO CAMINHO LEVA A DUAS ESTRADAS COMPLETAMENTE DISTINTAS...

Chegaram ambos, provenientes do Brasil, na década de 70.

Mais, propriamente, naquela temporada de 1974/75 em que o Vitória quis dizer ao país que estava pronto para afrontar os poderes instalados, que queria ser relevante nas contando campeonato, que ia fazer a vida cara aos seus oponentes. Por isso, além deles, chegaram nomes como Rui Rodrigues, Pedroto, Pedrinho ou Jeremias. Uma equipa de respeito!

Porém, se chegaram juntos, os destinos de Almiro e de Brito foram completamente diversos. Ou, melhor dizendo, a prova que dois seres humanos não se adaptarão do mesmo modo a uma mesma situação, que, mesmo provenientes de um meio similar, olharão para o desafio com perspectivas diferentes... o que fará toda a diferença.

Deste modo, desde aquele dia 24 de Novembro de 1974, altura em que à décima jornada do Campeonato Nacional, o Vitória recebeu e bateu o homónimo sadino por três bolas a duas e dia em que Almiro se estreou de Rei ao peito, seriam 176 partidas disputadas durante seis temporadas. Tornou-se, pois, numa certeza incontornável no meio campo vitoriano, impulsionando a equipa para a frente, mas sem nunca a desequilibrar. Apontaria 19 golos e até à temporada de 1980/81, que significou um novo ciclo vitoriano, seria basilar em todos os onze gizados.

Ao invés, Baltemar jamais seria feliz no Vitória. Com dificuldades de adaptação, a estranhar a comida e o clima nunca conseguiria estrear-se oficialmente de Rei ao peito. Por isso, no final da temporada, o treinador Mário Wilson dispensá-lo-ia. Rumaria a Paços de Ferreira para viver uma carreira de jogador que não teve o êxito da que viria a ter como adjunto... de um tal de José Mourinho, nos primeiros anos de carreira e onde venceu títulos atrás de títulos.

Nem sempre pontos de partida semelhantes levam a finais similares...

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