Luís Freire já não é treinador do Vitória.
No fundo, uma decorrência do futebol, do turbo-futebol, que faz com que poucos treinadores aqueçam o lugar, que se tornam identificáveis com o clube.
Mas, a Freire, apesar de ter falhado a Europa e de um discurso “demasiado à defesa”, refugiando-se que quando chegou estava afastado dos lugares mais altos, temos de estar reconhecidos.
Aceitou o desafio de abraçar uma equipa depauperada psicologicamente, após a surreal eliminação da Taça de Portugal em Elvas.
Fê-lo com um plantel em dificuldades, que teve de promover o canadiano Michel a opção ofensiva.
Chegou na altura em que só teve tempo de dizer adeus (a alguns nem disse) a Kaio, Alberto e Manu.
Teve, por isso, de reconstruir a equipa. Fê-lo, nunca virando a cara à luta, sem se lamentar e sem sujar as mãos no lodo que é o futebol português.
Recuperou ponto atrás de ponto… até cair nas duas últimas jornadas. Contudo, a pergunta ficará sempre no ar: como teria sido se tivesse assumido a equipa desde o início da época?
Até por isso, talvez, merecesse essa oportunidade… com uma equipa com o seu cunho e sem assumir o barco a meio!
Por isso, talvez, um simples obrigado não chegue! Que seja feliz… que merece!