Para os artistas trabalharem é preciso alguém disponível para o trabalho sujo.
Para a inspiração transbordar, a transpiração tem de estar sempre presente.
Para desequilibrar, será sempre preciso procurar equilíbrios, pontos onde a equipa se sente confortável para a partir daí pintar belos quadros.
Era isso que significava Rui Ferreira para a inesquecível equipa de 2002/03, uma construção de autor de Augusto Inácio, que percebeu que artistas como Pedro Mendes, Hugo Cunha ou Nuno Assis precisavam de um guarda-costas, de um ladrão de bolas, de alguém que estivesse disposto a ir ao chão por eles.
Assim foi nesse ano inesquecível, onde foi o sustentáculo de uma equipa espectacular.
Assim, continuaria na época seguinte, mas o conjunto vitoriano já não era o mesmo. Augusto Inácio nem acabaria a temporada e Rui, apesar de importante, perdeu alguma influência. Acabaria por sair do Vitória na época seguinte, mas sempre ligado a um dos anos de futebol mais brilhante dos Conquistadores.