COMO TEMOS DE FALAR DO QUE NÃO QUERÍAMOS, E QUE PODÍAMOS CHAMAR UMA PROENÇADA, E QUE PODE CUSTAR UMA TEMPORADA... SIM, E O VITÓRIA NÃO ESTEVE TÃO BEM COMO DEVIA

I - Ponto prévio: em todas as crónicas que realizamos pouco falamos dos árbitros. Com muitas razões de queixas, mas optamos sempre por nos concentrar na nossa equipa, analisá-la, apoiá-la. Mas, no final da temporada, com a sentença, provavelmente ditada, por um sistema vingativo e caduco não temos como lhe fugir: o Vitória foi prejudicado de modo vil por David Silva, um árbitro de 31 anos que, infelizmente, ainda terá muitos anos para cá andar... e ascender fruto dos agrados ao sistema com desfaçatez e falta de vergonha que fazem escola no futebol português.

II - Não, o Vitória não jogou bem! Muito pelo contrário! Poderia e deveria ter feito mais. Mesmo Freire no banco deveria ter tido, provavelmente, outra leitura de jogo. Beni foi uma desilusão, levando-nos a questionar as razões que o levaram a ser aposta em Janeiro. Relvas, depois de tão elogiado, esteve titubeante. O meio campo ressentiu-se da falta de Tiago Silva e o ataque da ousadia de Arcanjo.

Pior do que isso, a equipa criou parcas oportunidades, num dia em que só interessava vencer.

III - Apesar disso, até teve a primeira chance de golo de forma tripla. Não marcaria e indiciaria o que aí vinha ao sofrer um golo com a defesa completamente descompensada. Um balde de água gelada que mudou completamente as feições do jogo.

IV - A partir aaí, começou o circo. A desfaçatez de quem não entende o futebol como jogo, como um produto exportável. Com a conivência de um juiz inexperiente para estas andanças mas coadjuvado no VAR por Bruno Esteves, um dos piores árbitros dos últimos 20 anos do futebol português e que sempre teve um indisfarçável prazer em prejudicar o Vitória...desde aquele longínquo jogo em Paços de Ferreira em que sozinho virou o resultado, derrotando os Conquistadores. Foi há 15 anos e os velhos hábitos mantêm-se.

V - No fundo, David Silva (fixem este nome, pois iremos ouvir falar dele muito no futuro...infelizmente), a partir desse momento, começou o seu recital: foi conivente com o anti-jogo com pormenores circenses dos algarvios, fez vista grossa a uma grande penalidade sobre Nuno Santos e pareceu ter um exacerbado cuidado em proteger a equipa adversária de amarelos...

VI - E, assim se chegou ao intervalo, com o Vitória a criar poucas oportunidades e em estado de nervos absoluto. Era importante reagir e a equipa até o haveria de conseguir ao empatar por Gustavo Silva logo nos primeiros minutos da segunda metade. Era hora de carregar no acelerador...

VII - Tal não haveria de acontecer. O Vitória, apesar de ter o domínio do jogo poucas oportunidades foi criando. Teve-as, é um facto, mas em número reduzido e sem perícia para as criar. Chucho voltou a ser o avançado errante de jogos anteriores, Nélson Oliveira e Michel, lançados às feras, foram pouco mais que inoperantes e além disso, ainda, faltava a entrada final do verdadeiro artista desta tarde...

VIII - Sim, falamos do juiz David Silva. Que resolveu o jogo com toques de um Messi ou de um Cristiano Ronaldo. Voltou a fazer vista grossa a um lance duvidoso na área do Farense e "pintou a manta" na área do Vitória. Conseguiu ver uma grande penalidade absolutamente escabrosa que Ronny Lopes falharia e seria conivente com uma falta existente no golo que decidiu a partida...e, talvez, um apuramento europeu.

IX - Porém, apesar da fraca exibição, temos orgulho em ser vitorianos. Sabemos que, desde Novembro, quando o clube ousou ter voz própria e apoiar um candidato fora do sistema, poderia pagar as consequências. Porém, nunca alvitramos que o futebol português estivesse a anos-luz do 25 de Abril. Onde quem tem voz próprio é destinado a uma espécie de Tarrafal e tomado de ponta. Hoje, o jovem imberbe David Silva poderá ter caído nas boas graças dos chefes por ter desempenhado a sua missão a preceito e trilhar uns passos rumo à internacionalização... Por isso, Proença quis, num acto pioneiro, acumular as pastas da presidência e da arbitragem na FPP, mas, também, por isso, nenhum juiz português chega às grandes competições. No fundo, a FIFA e a UEFA não querem sujar (tanto) as suas competições.

X - Do próximo jogo, nem vale a pena falar...

XI - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE...

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