Aquela temporada de 1964/65 começara bem na esteira do quarto lugar obtido no ano anterior.
Assim, quando naquele dia os Conquistadores, treinados por José Valle, rumaram a Alvalade para defrontarem o Sporting, treinado por Jean Luciano que no ano seguinte estaria a liderá-los, a cidade dividiu-se em dois polos de interesse: no jogo e, por ser dia 29 de Novembro, após este, no Pinheiro que significa o início das festas Nicolinas e em que os estudantes saem à rua com os seus bombos e caixas.
Porém, durante a tarde, numa altura em que as partidas se disputavam abraçadas pela luz solar, o Vitória resolvera fazer figura. No estádio José Alvalade, frente ao emblema que poucos meses antes vencera a Taça das Taças, o Sporting, como escreveu o Notícias de Guimarães de 03 de Novembro, superiorizou-se em toda a linha.
Com efeito, a equipa composta por Roldão; Caiçara, Daniel; João da Costa, Manuel Pinto, Virgílio; Castro, Peres, Rodrigo, Inácio e Mendes, mostraria que estava em bom momento de forma e mais do que isso, "que o ferver em pouca água nunca deu proveito a ninguém. Aqueles adeptos locais que atestaram à equipa vimaranense incapacidade, devem, agora, verificar que emitiram juízos prematuros."
Tal atinha-se pelo facto de o Vitória não ter vencido "por mera casualidade", sendo os golos de Peres e de Rodrigo, que deram a volta a um resultado encetado pelo tento de Figueiredo, fruto de "uma exibição global que atesta os méritos dos seus jogadores e garante que a orientação que os guia é tal-qualmente capaz ou igual à das duas últimas épocas." Assim se acreditava, até a equipa quebrar e acabar o campeonato num mediano sétimo posto... mas, isso, será outra história!