COMO NO JOGO EM QUE SE FESTEJAVA O CENTENÁRIO DO VITÓRIA, "O PRESENTE" FOI DADO POR UM TAL DE RUI COSTA, SALVANDO O BENFICA DA PRIMEIRA DERROTA NO CAMPEONATO!

O Vitória, versão 2022/23, foi um projecto em crescimento jornada após jornada. Um projecto que passou pela inesgotável e incansável capacidade de Moreno criar um grupo forte e unido, capaz de em campo dar tudo de si... mesmo quando tecnicamente poderia ter pela frente equipas de maior capacidade.

Esse espírito seria essencial para levantar a equipa que, depois de dois triunfos iniciais, averbou três derrotas consecutivas, todas elas dolorosas, por serem duas em cima do apito final (em Portimão e em Braga) e outra em casa frente ao Casa Pia.Todavia, para além dessa capacidade psicológica, o técnico vitoriano percebeu da necessidade de reformular o sistema táctico, adoptando um modelo de três defesas centrais, que permitiu ressalvar todas as qualidades do italo-marfinense, Ibrahima Bamba, na posição de líbero.

Deste modo, quando o Vitória recebeu o Benfica a 01 de Outubro de 2022, era já uma equipa completamente diferente da que iniciara o campeonato. A actuar com outro sistema táctico, mais segura de si dentro de campo e suportada pelo triunfo perante o Santa Clara, graças ao golo solitário de Anderson, e pelo empate em Arouca.

Porém, além disso, era um jogo muito especial. Era o primeiro desafio após os Conquistadores terem completado cem anos, a 22 de Setembro, o que fazia antever uma partida de alegria, tal como as tarjas e coreografias apresentadas demonstraram.

Todavia, a alegria não haveria de ser completa...

Com efeito, apesar da equipa composta por Bruno Varela; André Amaro, Ibrahima Bamba, Mikel Villanueva; Zé Carlos, Tiago Silva, André André, Afonso Freitas; Jota Silva, Anderson e Nélson da Luz ter feito uma exibição irrepreensível, dando uma lição de táctica à equipa lisboeta que tinha ganho em Turim há poucos dias, não poderia vencer... ou melhor não a deixariam!

Na verdade, numa partida sem golos e com escassas oportunidades, o lance mais relevante desta aconteceu aos 62 minutos quando André André, de modo ostensivo, foi rasteirado dentro da área por Florentino Luís. Perante a estupefacção geral, até do jogador encarnado, o árbitro Rui Costa, secundado pelo VAR, Luís Ferreira mandaria a partida seguir, sem sequer avaliar o lance. Porém, antes disso, numa pretensa simulação do avançado vitoriano Safira em que o juiz apitara para a marca de grande penalidade, Luís Ferreira, houvera apressando-se a chamá-lo de modo a reverter a sua decisão.

Algo de parcial, que, ao contrário do que vem sucedendo na presente semana não mereceu abertura de telejornais, nem fóruns em rádios públicas, mas que mesmo assim mereceu a indignação vitoriana, em que em comunicado perguntou "Por que razão o árbitro principal Rui Costa não foi chamado a ver as imagens, no monitor, no lance do André André, em que nada assinalou no jogo corrido e foi induzido em erro pelo VAR da partida ao não ser chamado para rever o lance, mas foi instruído pelo VAR para o fazer no lance do Safira, em que o árbitro principal apitou para grande penalidade?" Os vitorianos iam mais além e questionavam, igualmente, "Por que razão é que, num lance em que os analistas de arbitragem, de forma unânime e indubitável, avaliaram o lance sobre o André André como sendo falta e consequente grande penalidade, e o VAR do jogo decidiu, num espaço de 25 segundos, que o lance não só não era falta, como não merecia a chamada do árbitro principal ao monitor para análise."

Perante o silêncio de quem, nos dias que correm, faz muito barulho e que assobiava para o ar, quiçá suspirando de alívio por tal decisão não ter custado a derrota aos encarnados, o Vitória anunciava que ia requerer a exposição dos áudios entre o árbitro e o VAR... como já percebemos, de pouco adiantará...

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