Aquela temporada de 1985/86 começara sob bons auspícios, com os Conquistadores, orientados por António Morais, a vencerem o homónimo sadino na jornada inaugural do campeonato e a empatarem na Covilhã.
Seguia-se a recepção ao Benfica no, então, Municipal naquele dia 07 de Setembro de 1985. Seria, acima de tudo, a confirmação de uma grande equipa de futebol na forma e, ainda, sem o goleador Paulinho Cascavel a carburar, já que só haveria de marcar os seus primeiros golos de Rei ao peito na jornada seguinte no Estádio Eng. Vidal Pinheiro, casa do Salgueiros.
Assim, a alinhar com Jesus, Costeado, Valério, Teixeirinha, Cerqueira; Bobó, Nascimento, Miguel, Costa; Paulinho Cascavel e Roldão, o Vitória lidou com um adversário, que nos dizeres do jornal Notícias de Guimarães de 18 de Setembro de 1985, "foi até (...) protagonista de um dos melhores jogos que lhe vimos fazer em Guimarães."
Todavia, do outro lado, esteve um Vitória "senhor do seu nariz, arrumadinho, muito colectivista, muito interessado em discutir os dois pontos, e melhor do que isso, interessado em demonstrar que tinha arcaboiço suficiente para os discutir com o seu poderoso adversário todos os capítulos de jogo."
Atendendo a isso, o Vitória fez uma exibição de luxo, consubstanciada "em uma defesa de respeito, com poder futebolístico, físico e atlético; um meio campo poderoso que sabe defender ou para lá caminha e também contra-atacar e um ataque que segura a bola, infiltra-se e remata."
Com tantos predicados, o Vitória chegaria rapidamente a dois golos de vantagem, graças a um autogolo de Oliveira e a um tento de Roldão, de pouco valendo o de Carlos Manuel a reduzir diferenças.
Os Conquistadores mostraram a sua atitude vencedora, pedindo-se que "a gala futebolística demonstrada (...) se venha a repetir amiúde. Para já, cinco ponto em seis possíveis é bom, é mesmo muito bom para a equipa vitoriana."
E a época prometia...
