COMO, COM CABEÇA ENTRE OS OMBROS E CONSCIÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DO MOMENTO, O VITÓRIA APERTOS OS CALOS AO SANTA CLARA

I - Não foi esteticamente belo! Nem merecedor de nota artística, como o mestre da táctica diria! Mas, verdade seja dita, quem tinha esse em mente, quando o único resultado que interessava nesta partida contra o Santa Clara era o triunfo, para o comboio europeu não ser perdido?

II - E, verdade seja dita, o Vitória esteticamente está a anos-luz do que já apresentou na presente temporada. Mas, isso será algo merecedor de censura e de repreensão, quando falamos de um conjunto que já não é derrotado há nove jogos e nos últimos cinco venceu quatro? Nesta fase, estamos quase como o hino que fez escola em 2016 rezava: não importa se jogamos bem ou mal...

III - Porém, o jogo até foi lançado em bases susceptíveis para permitir aos Conquistadores uma noite em que aliassem o resultado a uma exibição bem conseguida. O golo inaugural de João Mendes num belo remate à entrada da área, logo nos minutos iniciais da partida, tinha tudo para lançar a partida nas bases ansiadas pelos vitorianos: com o adversário a ter de correr atrás do prejuízo e o Vitória a poder colocar-se e espraiar-se numa posição confortável no terreno de jogo.

IV - Porém, a verdade é que o Vitória, a partir desse momento, optou pelo modelo mais controlado possível. Sem arriscar um milímetro, sem ousar falhar um posicionamento, com uma preocupação superior em não ser apanhado desprevenido, ao invés de tentar repelir o avanço contrário. Refira-se, contudo, que o Santa Clara durante a primeira metade pouco ou nada criou e as melhores oportunidades de golo até foram dos Conquistadores, ainda que sem êxito na finalização.

V - E assim chegou-se ao intervalo, tendo começado a segunda metade com o adversário a procurar assumir as despesas do jogo. A procurar importunar Bruno Varela que, quando foi chamado a intervir, fê-lo com esmero e eficácia. Fruto disso, o Vitória teve mais dificuldades em controlar o jogo. Nuno Santos e João Mendes foram paulatinamente perdendo influência no jogo ofensivo da equipa. Handel voltou a denotar dificuldades físicas que o tornam num jogador muito diferente do que foi no início da temporada.

VI - Nestas bases, o estádio temeu com um desenlace infeliz na partida e tremeu com os avanços adversários. Luís Freire, esse, foi mexendo na equipa até ao terceiro momento de substituição lançar uma cartada que mereceu muitos aplausos. Mais de quatro meses após ter-se lesionado, o explosivo Gustavo Silva voltou à competição, num indesmentível reforço de capacidades para a fase mais decisiva da competição.

VII - A comprovar isso, à entrada dos minutos de compensação, num remate à entrada da área na sequência de um pontapé de canto, faria o D. Afonso Henriques explodir. Era o seu nono golo da temporada, confirmando-o como o melhor marcador da equipa, não obstante a sua longa paragem e selando, simultaneamente, a aproximação ao Santa Clara. O Vitória vencia por duas bolas a zero e encostava ao seu adversário desta noite.

VIII - Segue-se, agora, o Gil Vicente, no sempre difícil estádio barcelense. Contudo, um jogo em que só o triunfo importará, até pelo facto de, depois ter colado ao seu oponente desta noite, não será aceitável voltar a permitir nova descolagem...ainda para mais, com o clube de Ponta Delgada a receber, em sua casa, o Sporting. Por isso, e para tornar tudo mais fácil, só poderemos lançar um repto que passará por todos os que puderem deslocar-se a Barcelos, que o façam...

IX - VIVA O VITÓRIA... SEMPRE!

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