COMO QUINITO REGRESSOU PELA TERCEIRA VEZ A GUIMARÃES, NUM INÍCIO FELIZ MAS SOFRIDO...

Na década de 90 era o D. Sebastião dos vitorianos.

Joaquim Lucas Duro de Jesus, conhecido por Quinito no futebol, encetara uma relação de amor com os vitorianos durante esses anos. Assim, depois de em 1994/95 ter assumido o comando dos Conquistadores e garantido um belo quarto lugar, voltaria em 1997/98, substituindo Jaime Pacheco nas funções de treinador para assegurar uma das melhores classificações da história vitoriana, com um terceiro lugar.

Das duas vezes partiria de Guimarães, deixando saudades, o que fez com que deixasse as portas abertas para um regresso, o que justifica o seu epíteto sebastiânico. Assim, quando na temporada seguinte ao seu segundo adeus, Filipovic teimava em não conseguir fazer encarreirar os Conquistadores, selando o seu destino com uma derrota em Campo Maior, urgia tomar rápidas medidas.

Com efeito a aposta de Pimenta ruíra e, mais uma vez, para acorrer a apagar o fogo, a aposta haveria de recair no homem que levara a equipa ao terceiro posto da temporada passada: Quinito e que, como já aqui escrevemos, confessou ter aceite a empreitada pela amizade que mantinha com Pimenta.

A terceira estreia do treinador ao serviço do clube do Rei ocorreria no D. Afonso Henriques a 03 de Janeiro de 1999, frente ao Alverca. Para a história haveria de ficar a equipa que gizou nesse seu regresso, constituída por Pedro Espinha; Quim Berto, Márcio Theodoro, Arley Alvarez, Tito; Paulo Gomes, Paiva, Vítor Paneira; Riva, Gilmar e Evando e que, como o Povo de Guimarães do dia 08 desse mês e ano dizia "o onze inicial não andou longe dos que foram apresentados por Filipovic."

Apesar disso, os jogadores pareciam transfigurados em relação aos tempos do treinador sérvio, ao apresentarem-se "desinibidos, soltos, com velocidade, futebol a toda a largura do terreno", o que fez o golo surgir à passagem dos quinze minutos por intermédio de Tito, na cobrança de livre.

Os muitos adeptos presentes nas bancadas voltavam a sorrir e na primeira metade os Conquistadores ficariam a dever a si mais alguns golos. Porém, na segunda metade tudo se alteraria. Assim, a necessidade de substituir Paiva por lesão, fazendo entrar o sueco Fredrik, abalou a estrutura do conjunto vitoriano, "...e o Vitória nunca mais se encontrou." Assim, o conjunto ribatejano empataria a contenda, fazendo temer que mais um percalço estivesse para suceder.

Contudo, num ano cheio de dificuldades, o melhor haveria de chegar no final. "Com três minutos para jogar, Arley recompensou a fífia no golo ribatejano e coloca o Vitória em vantagem." Com as bancadas em ebulição, "o defesa Quim Berto teve ainda tempo para marcar o terceiro golo e fechar a contagem."

Com três golos de três defesas, começava da melhor maneira a terceira passagem de Quinito pelo Vitória. Não acabaria tão bem como as anteriores, mas isso será material para outra história...

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