COMO RAPHINHA, POR CAUSA DO PAGAMENTO DA SUA TRANSFERÊNCIA, DESENCADEOU UM CONFLITO ENTRE VITÓRIA E SPORTING...

Raphael Dias Belloli será um dos jogadores mais em destaque do futebol mundial na presente temporada.

Ainda que, por esse nome poucos decifrem de quem se trata, se falarmos de Raphinha, actual número 10 brasileiro e capitão do Barcelona, muitos citarão de cor o trajecto do talentoso extremo que chegou ao Vitória, proveniente do Avaí, na temporada de 2015/16, para, inicialmente, cumprir um bem sucedido périplo pela equipa B dos Conquistadores.

Porém, o talento e a determinação do jovem jogador rapidamente catapultaram-no para a equipa principal vitoriana. Tão rapidamente que no início do exercício seguinte já era escolha recorrente de Pedro Martins na equipa principal vitoriana.

Porém, o seu apogeu no D. Afonso Henriques sucederia na temporada seguinte. Ainda que esta fosse atribulados a nível colectivo, longe dos bons momentos vividos na antecedente, Raphinha andou, literalmente, com a equipa às costas, apontando 18 golos em 43 partidas. Falamos de um registo que só na presente época conseguiu bater, pois na Cidade Condal já facturou por 19 vezes.

Fruto desse desempenho a dar nas vistas, chamaria a atenção de outros clubes, acabando por ser o Sporting a conseguir garantir os seus préstimos a troco de um pagamento de 6,5 milhões de

 euros ao Vitória. Um valor que, na altura, entrava para as mais altas transferências alguma vez realizadas pelo clube, só suplantada pelas de Bebé para o Manchester United.

Porém, em Março de 2019, a bomba haveria de estourar. Com efeito, como escrevia o jornal Observador datado de 06 de Março de 2019, o Vitória tinha dado entrada do "... pedido de insolvência da SAD do Sporting, alegando atrasos no pagamento da transferência do ala brasileiro Raphinha este verão para Alvalade.."

Atrasos no pagamento que o Sporting refutava por, alegadamente, ter existido uma renegociação no plano prestacional para pagamento do jogador, mas que o Vitória refutava. Segundo os Conquistadores, o clube lisboeta só houvera pago uma quantia de dois milhões de euros, não tendo entregue o remanescente de quatro milhões de euros. Mais do que isso, "... os dirigentes do Vitória terão tentado falar com os administradores da sociedade verde e branca sobre o tema mas a falta de respostas convincentes terá levado a esta posição de força por parte do clube liderado por Júlio Mendes."

Porém, de Alvalade, a resposta não haveria de tardar, ainda que com argumentos que não refutassem a dívida. Assim, depois de ter acusado o credor, Vitória, de histerismo, o devedor, Sporting, afirmaria que "Não deixaremos de distinguir quem se portou com dignidade e respeitou a instituição Sporting Clube de Portugal; e quem, de uma maneira mais direta ou menos direta, e sem nenhuma vantagem, nos desrespeitou", como se quem não pagasse, alguma vez, pudesse ter razão no que fosse.

Contudo, as partes haveriam de chegar a um acordo, que impediu que a insolvência da sociedade desportiva leonina pudesse ser decretada. Deste modo, passado uma semana de ter sido notícia a entrada em juízo do referido requerimento de insolvência, num comunicado conjunto, as duas sociedades anónimas diriam que "A SCP SAD e a VSC SAD comunicam que iniciaram negociações tendentes à resolução do incumprimento contratual verificado na transferência do jogador Raphael Dias Belloli.

Tentando antecipar a boa conclusão dessas negociações, o que se espera, as Partes mais comunicam que já alcançaram um acordo para a desistência da instância do processo de insolvência.

Sporting SAD e Vitória Sport Clube SAD"

O conflito era sanado...

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