COMO MICHEL VIVEU UMA NOITE DIGNA DE UM FILME, NA CERTEZA QUE PODERÁ VIR A SER MUITO ÚTIL!

Foi o herói improvável do jogo de ontem.

A cartada existente quando Gustavo voltou a lesionar-se, ficando o Vitória sem o avançado de recurso, ainda aposta no tempo do actual treinador do Sporting, fruto dos "estouros" de Chucho e de Nélson Oliveira.

Mas, a verdade é que o futebol tem histórias fabulosas e, ontem, no D. Afonso Henriques, para além do melhor jogo da presente temporada, viveu-se uma narrativa que poderia dar um filme.

Dieu-Merci Ndembo-Michel, o jovem canadiano que chegou ao Vitória em 2022, entrou em campo como derradeira alternativa ofensiva. Depois de uma estreia frente ao Nacional da Madeira, que não terá corrido da maneira que mais sonhava. Frente ao campeão nacional, que estava em vantagem no marcador. Ou seja, uma montanha para escalar para quem estava a fazer o seu segundo jogo na equipa principal e que só abraçou o profissionalismo quando abandonou Ottawa para correr atrás do sonho vitoriano.

Depois dos juniores e da equipa B, chegou a sua oportunidade. Ontem, depois da desconfiança inicial, tornou-se um tormento para aqueles centrais que a imprensa portuguesa tudo faz para vender por muitos milhões. Lutou com eles. Sofreu faltas. Ganhou-lhes bolas no ar dentro da área. Cabeceou uma à barra que levou ao empate. Apontou o tento do quatro a três. O que estariam a dizer se jogasse com as cores do emblema oponente do Vitória e fizesse o que ele fez?

Quanto a Michel, sabendo as limitações que o ataque vitoriano neste momento apresenta, terá, provavelmente, outras oportunidades. Consciente das suas virtudes e limitações que a equipa saiba jogar com ele... ainda que com um jogo esteticamente pouco atraente, poderá ser e fazer-nos muitos felizes!

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