Emílio Macedo da Silva entrou a todo o vapor na presidência do Vitória.
Na verdade, o primeiro ano e meio dos quase cinco que esteve na presidência do Vitória foi merecedor de elogios em assembleias-gerais, muito por culpa do regresso à Primeira Liga, bem como pela extraordinária campanha que findou no terceiro posto do campeonato em 2007/08.
Depois seria o pior...equívocos vários, dificuldades óbvias de comunicação, desconhecimento da idiossincrasia dos sócios e descontrolo financeiro incontrolável levaram a que saísse pela porta pequena e com um processo disciplinar às costas que acabou numa mera admoestação.
Porém, ainda estava Emílio na crista da onda, quando na cidade surgiu uma notícia surpreendente que passava por um protocolo com uma desconhecida equipa brasileira do estado do Paraná, o Júnior Malucelli. Estávamos em Novembro de 2007, o Vitória de Cajuda andava nos lugares cimeiros da tabela e as medidas de uma direcção na crista da onda eram aceites...ou pelo menos, toleradas!
Assim, depois do director-desportivo Vasco Santos e Manuel Cajuda terem visitado as instalações do clube-empresa que se preocupava em exportar jogadores para outros campeonatos, o presidente vitoriano rumou ao Brasil para fechar um acordo que dava preferência aos Conquistadores nos jogadores da equipa brasileira.
Como resultado deste, chegaram dois jovens brasileiros a Guimarães para prestar provas: Marquinho e Paulo Henrique. Apesar de Cajuda garantir que o reforço do plantel não passaria por estes, a verdade é que ambos seriam inscritos no Janeiro seguinte, bem como o ponta de lança contratado ao Varzim, Roberto.
Porém, não seriam totalmente felizes. Assim, se Marquinho, ainda jogou no Vitória por duas temporadas e meia, tendo actuado em 56 jogos e apontado seis golos, Paulo Henriques, apenas, actuou pelo Vitória por um minuto, no triunfo do Vitória por quatro bolas a duas sobre o Rio Ave, na época de 2008/09, para ser de imediato emprestado ao Sporting da Covilhã e não mais voltar ao Vitória.
Quanto a Marquinho ainda faria mais uma temporada no Vitória, para depois rumar ao Marítimo. Porém, do acordo com os brasileiros, apenas chegaria mais um jogador na temporada de 2010/11. Falamos de Thiago Alencar, filho do defesa central da década de 80 do século passado, Nené, mas que nem sequer chegou a estrear-se de Rei ao peito.
Entretanto, Emílio perderia o estado de graça e a liderança do clube.... do acordo com o Júnior Malucelli não mais se ouviu falar, sendo que o clube acabaria por fechar as portas em 2017. Um acordo que se ficou por três jogadores...