Era uma das promessas de campanha de Vítor Magalhães: fazer regressar o ciclismo ao rol de modalidades do Vitória.
Assim, mal ganhou as eleições em 2004, começou a lançar as bases para um projecto que veria a luz do dia a 03 de Fevereiro de 2006. Assim, aproveitando as bases da equipa ASC, era apresentado um conjunto que, nos dizeres, do director desportivo Augusto Silva, ao Record, "Queremos ganhar as corridas todas, mas sabemos que isso é impossível. Temos um grupo homogéneo e na Volta a Portugal naturalmente que queremos vencer uma etapa e tudo o resto, como a camisola amarela, virá por acréscimo."
Assim, apostava-se numa equipa onde pontificavam nomes como o colombiano Jeobany Chacón e os portugueses Gilberto Martins e Paulo Barroso, o que levava a que o presidente Vítor Magalhães confessasse que esperava dar muitas alegrias aos sócios.
Porém, tudo sairia furado. Apesar da participação na máxima prova velocipédica portuguesa, os ciclistas vitorianos foram incapazes de conseguirem bons resultados. Algo que na época seguinte se manteve, não obstante a contratação do conceituado sprinter espanhol Ángel Edo.
Por essa razão, já na presidência de Emílio Macedo da Silva decidiu-se terminar com a equipa, e que segundo o jornal O Jogo, se devia "aos fracos resultados quer pelos muitos equívocos que estiveram na sua origem."
Desde logo, na relação com o patrocinador. Na verdade, "a ASC, empresa de construções de António Silva Campos, que viu no clube uma forma de projecção que não tinha em Vila do Conde. Para o Vitória existiu a vantagem de receber uma equipa já montada e paga..."
Todavia, esta relação terminaria por um facto óbvio, já que o patrocinador percebeu que perdia visibilidade em relação ao nome Vitória SC. "Por outro lado, uma equipa modesta e que apostava na publicidade das fugas - ou em ciclistas veteranos que não renderam como Angel Edo - não servia os interesses de quem pretende sobretudo resultados para mostrar aos sócios, sejam eles à geral, por equipas ou vitórias em etapas."
Como escrevia o jornal consultado, "O projecto morreu por onde se temia, a falta de patrocinadores, mas deixou a sensação de ter sido uma oportunidade perdida." E, não mais, se sonhou com uma equipa de élite no ciclismo de estrada.