COMO GUALTER, APESAR DE JÁ JOGADOR DO PORTO, COMPROVOU QUE PODE-SE SAIR DO VITÓRIA, MAS O VITÓRIA NUNCA SAI DAQUELES QUE O AMAM...

Já ontem falamos aqui de Gualter, o lateral vitoriano que, após a exaltante temporada de 1968/69, foi vendido ao FC Porto por uma extraordinária quantia para a época de 1200 contos.

Porém, os inícios do vimaranense no clube portuense não foram fáceis. Para além da gravíssima lesão sofrida perante o Vitória no final da primeira volta, antes disso, logo na primeira jornada, sofreria curioso percalço... por causa do Vitória!

Na verdade, ainda pouco habituado a vestir de azul e branco e com o adversário daquele dia, o Belenenses, a actuar de branco, para evitar confusões com o adversário, Gualter passaria grande parte do primeiro tempo a pensar que fazia parte daquela equipa de camisola plena de alvura.

Como o próprio afirmou, na revista Colecção dos Ídolos do Desporto, "julgando envergar, ainda, a camisola do Vitória (...) e porque o Belenenses animou nesse jogo de camisola branca passei quase toda a primeira parte a colaborar (involuntariamente...) com o extremo esquerdo da equipa lisboeta." Assim, como o próprio contou, acabou por passar a bola várias vezes aos jogadores contrários, na convicção que estava a colocá-la nos pés de colegas... do Vitória!

Como o próprio haveria de concluir "só mais tarde, quando dei pela confusão, é que passei a produzir algo mais para a equipa azul e branca, mas sem nunca ter atingido a produção normal."

Pode-se sair do Vitória, mas o Vitória nunca sairá de nós...

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