COMO DO OUTRO LADO DO MUNDO, UMA VITÓRIA SOBRE A UNIÃO DE LEIRIA TORNOU-SE INESQUECÍVEL POR LIBERTAR O ESPÍRITO PARA OUTROS DELEITOSOS FESTEJOS...

Nas Histórias Críticas já escrevi que, para além das inúmeras memórias vitorianas fruto de pesquisa, investigação e estudo, por vezes, tendo a descair para as memórias pessoais. Principalmente, aquelas que jamais sairão da memória.

Aquele jogo com a União de Leira em Outubro de 2007, no ano do Regresso do Rei ao seu habitat natural, será um desses casos... pelo facto de nunca ter podido assistir ao jogo.

A razão era simples...a necessidade de marcar um casamento com meses de antecedência, que por acaso era o meu, levou a que o período de deleite pós-cerimónia coincidisse com uma partida dos Conquistadores de Manuel Cajuda frente à União de Leiria no D. Afonso Henriques. Vitória esse que, chegava a essa oitava jornada da Liga com apenas uma derrota sofrida, precisamente, na jornada anterior frente ao Sporting.

Assim, sem poder ir ao estádio, com uma diferença horária de cinco horas, com a Internet sem ter a capacidade de alcance que hoje possui e o streaming a nem sequer existir no dicionário, restava, apenas, esperar que as mensagens chegadas de Portugal fossem portadoras de boas notícias. Não o seria a primeira, com a escrita telegráfica do SMS a dizer "Golo do Leiria"... não era preciso mais para tornar os deleitosos momentos em menos saborosos, com o pensamento a muitos milhares de quilómetros e a preocupação acerca do hipotético malogro dos Conquistadores a ser a nota dominante.

Ainda mais inquietantemente, o telemóvel não tocaria durante a segunda parte... quais cocktails, banhos de piscina, ou outras deleitosas actividades, qual carapuça! Contudo, no final do jogo, não chegaria a mensagem, mas o telefonema do meu pai! O Vitória puxara dos galões e dera a volta ao resultado com o golo de Rabiola aos 90+4 minutos a garantir um suado triunfo, depois do malogrado Miljan ter empatado a partida logo no início da segunda parte. O Vitória continuava em estado de graça, como seria toda essa temporada, e os prazeres próprios da lua de mel podiam prosseguir, ainda mais inspirados por um Vitória na crista da onda!

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