Terá sido dos jogadores mais marcantes do Vitória até meio da década de 80.
Natural de Candoso, bastou-lhe, em menino, assistir a uma partida dos Conquistadores para perceber o que queria para a sua vida. Daí a dar nas vistas seria um passo, com especial menção para o facto de ter sido internacional pela selecção de juniores, quando o treinador da equipa principal vitoriana, Mário Wilson, já tinha reparado no talento do médio centro que enchia o campo com a sua abnegação e capacidade de luta.
Fá-lo-ia estrear-se na penúltima jornada do campeonato de 1972/73 perante o Montijo, para nas dez temporadas seguintes ser uma peça inamovível da zona medular vitoriana. Pelo Rei viveu grandes épocas, como aquela de 1974/75, em que foi um dos municiados de uma inesquecível tríade ofensiva composta por Romeu, Tito e Jeremias. Mas, também, conviveu com injustiças como as perpetradas por António Garrido nessa temporada e na seguinte e que custaram um apuramento europeu e uma Taça de Portugal ao Vitória.
Haveria de continuar de Rei ao peito até ao início da época de 1983/84, depois de ter sido peça determinante no regresso europeu da equipa no exercício anterior. Contudo, no início dessa temporada, após Stessl ter-lhe comunicado que seria suplente na partida inaugural do campeonato frente ao Varzim, tomou a atitude de abandonar a equipa. Ser-lhe-ia instaurado um processo disciplinar e que culminou no seu abandono do Vitória.
Foram 322 partidas e 44 golos de Rei ao peito num dos jogadores mais importantes da centenária história do clube!