O momento mais alto de uma carreira eternizado num desenho...
Será assim que poderá ser descrita a caricatura de Marco Matias, ele que chegou ao Vitória na temporada de 2010/11 para, quase de imediato, ser emprestado ao Freamunde.
Regressaria a Guimarães duas temporadas depois, beneficiando do facto do Vitória "apertar o cinto", preferindo olhar para os jogadores que tinha dentro de portas e que poderiam ser úteis. Marco seria um deles, sendo uma das peças importantes na ala direita vitoriana, ainda que geralmente partindo do banco, pois era uma das substituições correntes do treinador Rui Vitória para atribuir um pendor mais ofensivo à equipa. Assim, era retirado do jogo o defesa direito (muitas vezes, o brasileiro Kanu), recuando-se o, então, extremo Ricardo para lateral para "fazer o flanco", com Marco à sua frente, a desempenhar o papel de extremo a entrar para o centro, quase como segundo ponta de lança. Seria esta mudança estratégica a ajudar os Conquistadores a vencer a Taça de Portugal, com Ricardo a embalar, aproveitando o espaço aberto, por Marco para bater o guardião adversário. Porém, antes disso, na segunda mão antes da meia final, seria de Marco Matias o golo solitário que ajudou a carimbar o bilhete para aquela final...
Na segunda temporada na equipa principal vitóriana, desempenharia papel ainda mais relevante. Estrear-se-ia nas competições europeias e no campeonato seria opção recorrente, marcando seis golos, com especial destaque para os que valeram o triunfo sobre o Marítimo e o empate a dois frente ao FC Porto. Seria este o seu último momento de felicidade de Rei ao peito, pois, no final da temporada, por divergências contratuais não haveria de prolongar o seu vínculo. Partiria rumo ao Nacional da Madeira, onde terá feito a melhor época da sua carreira. Na equipa principal do Vitória, o jogador formado no Barreirense e no Sporting, ainda realizou 56 partidas e apontou 8 golos...