Era o arranque da temporada de 1939/40.
O Vitória era já a maior potência do Minho e desejava que essa temporada que principiava em Outubro desse ano, fosse mais um exercício repleto de sonhos.
Para os começar a alimentar, cabia aos Conquistadores enfrentar o Foot-Ball Club de Braga que se estreava nesse ano no máximo campeonato distrital.
A partida, essa, ficaria marcada por um dos maiores triunfos da centenária história vitoriana. Foram catorze golos, e segundo o Notícias de Guimarães da data, "e mais longe teria ido o marcador se ao centro da linha atacante estivesse um jogador que aproveitasse algumas das muitas oportunidades que se lhe ofereceram".
Apesar da enorme e lauta goleada, a verdade é que "o Vitória, neste jogo, não fez boa exibição. Talvez influência do ambiente... A sua linha dianteira, que esteve quási permanentemente instalada no meio campo contrário, não soube tirar todo o proveito dessa vantagem". Ainda assim, considerava-se que "o bom trabalho de Pantaleão e Tavares foi muito prejudicado por Alexandre, que mais uma vez confirmou a nossa opinião sobre as suas possibilidades", num claro sinal que Guimarães sempre "foi má mãe e boa madrasta".
Destaque, por fim, para os cinco golos apontados por Pantaleão e para os quatro de Tavares numa tarde que ficou para a história e significou o arranque para mais um título distrital.