Corria a temporada de 1966/67...
Nesse ano, ao contrário do anterior, o Vitória não teria desempenho semelhante ao do ano anterior em que findou o campeonato nacional no quarto posto.
Porém, nesse ano nem tudo correria bem e o início da prova foi tenebroso com três derrotas consecutivas, sendo duas delas em casa frente a Benfica e Belenenses e outra nas margens do Sado, frente ao Vitória sadino.
Esta, porém, terá tido um delicioso momento que merecerá ser recordado e que envolveu o extremo Mário Vieira, que houvera chegado ao Vitória na temporada de 1965/66 proveniente do Salgueiros. Tratava-se de um velocíssimo extremo que gostava de embalar junto à linha, procurando fintar todos os adversários com que se deparava... porém, sem a faculdade de conseguir levantar a cabeça para descortinar a melhor opção de jogo.
Nesse dia, em Setúbal, com o campo completamente enlameado, com as marcações a encontrarem-se esbatidas pela intempérie, uma bola chegou a Vieira, que como sempre estava colado à linha. Não pensou duas vezes... embalou por ela fora, finta o primeiro par de pés que vê e ouve o sonoro silvo do apito do juiz da partida!
Indignado, levanta a cabeça, vira-se para o juiz e para o "adversário"... com tamanha ânsia em projectar a equipa para a frente, nem reparara que saíra do campo e, de modo hábil, driblara um agente de autoridade que se encontrava fora do campo a policiar a contenda.
O Vitória acabaria por perder e Vieira que fintou um polícia entrou no rol das mais deliciosas histórias de cem anos vitorianos!