UMA SAÍDA POLÉMICA... OU COMO O NOME DE MARINHO PERES JUSTIFICOU A PERDA DE UM DOS JOGADORES MAIS MARCANTES DA DÉCADA DE 80

Tinham sido três temporadas de excelência de Rei ao Peito.

Adão houvera sido um dos baluartes de classificações extraordinárias do Vitória, grandes carreiras europeias e um dos protagonistas principais da centenária história vitoriana entre 1985 e 1988.

Falamos, pois, de um médio de grandes recursos técnicos com uma abnegação extraordinária, predicados que fizeram dele internacional A e um jogador extremamente cobiçado.

Por isso, no final da temporada de 1987/88, a bomba estourou com a notícia que o Belenenses contratara-o... surpreendendo o Vitória. Na verdade, na altura, os clubes da, então, Primeira Divisão tinham subscrito o denominado "Pacto Desportivo", em que se comprometiam a respeitar os tectos salariais dos emblemas seguidos pelos clubes dos jogadores pretendidos.

Perante a indignação vitoriana por perder um dos seus mais influentes atletas, os homens da Cruz de Cristo usariam uma panóplia de argumentos... baseados em Marinho Peres.

Na verdade, depois de Marinho ter ingressado no emblema lisboeta no final da temporada de 1986/87, alegadamente, segundo o presidente azul Rosa Freire, terá tentado aliciar Marinho Peres a regressar a Guimarães para orientar a equipa em 1988/89. Porém, tal era uma rotunda falsidade, que, contudo, terá fragilidade a posição vitoriana.

Assim, apesar de alegarem estes factos, os homens do Restelo sabiam que Marinho, naquela altura, jamais pretendia abandonar Lisboa, por, numa atitude do gentleman que era, não desejar deixar desamparada a sua ex-mulher, bastante doente por aquelas alturas. Além disso, o Vitória tinha profundo conhecimento da estatura moral do seu antigo treinador, já que sabia-o incapaz de roer a corda ao clube que lhe pagava o salário.

Ficaria o Vitória, contudo, sem o seu influente médio... e com a fama de ter tentado resgatar Marinho para justificar o ataque que fora alvo!

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