A MAIOR PROVA DE GRATIDÃO

Os vitorianos não esquecem os ídolos!

Mesmo quando eles partes, a gratidão pelos feitos passados ficará para sempre marcado nos seus espíritos.

Tal foi percepcionado pelo inesquecível Marinho Peres, naquela época de 1987/88, quando já treinava o Belenenses e regressou a Guimarães para enfrentar a equipa que fora sua.

Estávamos a 29 de Maio de 1988 e, enquanto o Vitória se afundava na tabela classificativa, sendo José Alberto Torres o terceiro dos treinadores dessa temporada, "Seu" Marinho continuava na "crista da onda", colocando o Belenenses nos mais altos lugares da tabela. Foi nesse dia que as equipas se encontraram, para Marinho ser brindado com uma extraordinária ovação quando emergiu do túnel e atravessou o relvado rumo ao banco de suplentes, sentando-se no oposto aquele que fora seu na temporada anterior.

Foi uma extraordinária manifestação de gratidão e de agradecimento pelo que o treinador fizera na época anterior, mas, também, uma demonstração que, pelos adeptos, o técnico ainda seria, naquela altura, técnico do Vitória.

Porém, também funcionou como protesto de uma época a todos os títulos fracassada, onde se começou por falar num sonho chamado título e acabou-se a fazer contas a uma manutenção muito sofrida.

Manutenção essa que Marinho, de modo profissional, complicaria, ao fazer os homens do Restelo venceram por uma bola a zero. Porém, atendendo aquela inesquecível recepção, seria bombardeado pelo jornalista da Rádio Fundação se desejava regressar na época seguinte à Cidade Berço. Responderia com a delicadeza e classe habituais: "Não falemos disso, agora. O Vitória vive um momento tão dramático, que eu não quero complicar ainda mais."

Haveria de voltar quatro anos depois...para, contudo, não ser tão feliz como fora na sua primeira passagem! Ficou, não obstante isso, a eterna gratidão pelo seu trabalho e personalidade...

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