Portugal houvera ganho o direito a organizar o Campeonato Europeu de 2004.
De imediato, as principais cidades do país perfilaram-se para receber o grande evento piscando o olho a novos estádios, tendo Guimarães entrado nessa pugna. Haveria de conseguir obter a honra de receber a competição, mas tal foi gerador de uma grande dúvida na cidade. Esta passava por saber se seria viável remodelar o estádio, palco de tantas batalhas, ou construir um novo.
Para isso, a direcção vitoriana chegou mesmo a ter diversos encontros com a autarquia, levantando a questão de ser erigido um recinto novo, levantando-se a questão do que poderia ser feito no espaço onde se ergue o actual.
Assim, o Vitória chegou a sugerir numa primeira fase construir aí um shopping, sendo que depois de diversas reuniões com técnicos, o clube terá mesmo equacionado a hipótese da construção de um multiusos, pistas de gelo, salas de cinema, o que iria gerar uma extraordinária fonte de receitas para o clube.
Porém, tal pretensão seria imediatamente rejeitada pela autarquia, até por força do ponto 6 da escritura pública celebrado entre o Vitória e a Câmara previa que "a autarquia aliena o Estádio Municipal ao Vitória Sport Clube por um milhão de escudos, no qual ficará legítimo possuidor e proprietário do estádio. Contudo, o clube obrigou-se a não poder "vender os terrenos a terceiros", e "apenas poderá utilizá-los para fins desportivos, culturais ou recreativos." Assim, para ir além disto, o Vitória precisava da concordância autárquica, o que não sucedeu.
Pimenta ainda tentaria um golpe final ao afirmar ao Jornal Sport de 15 de Novembro de 1999 que "como homem livre, vimaranense e vitoriano tenho o direito de pensar naquilo que é o melhor para a cidade e para o clube." Mas, ainda, haveria de ameaçar que se por acaso vir alguma vaga de fundo quer dos sócios, quer dos cidadãos, aí tenho de andar para a frente, porque não posso, como é evidente, ir contra a vontade das pessoas."
Apesar disso, nessa semana, o sempre inquisitivo jornal "O Independente" publicaria uma notícia a garantir da existência de negociações entre o Vitória e o Grupo Jerónimo Martins, tendo Pimenta Machado recusado uma oferta de 6 milhões de contos, já que pretendia receber cerca de 15 milhões, ainda que o líder máximo vitoriano viesse prontamente a desmentir tal notícia, pois " quem analisar a escritura que foi feita entre o Vitória e a Câmara na cedência do estádio, sabe perfeitamente que o Vitória não pode negociar o seu estádio sem a autorização a Câmara Municipal de Guimarães.
Entretanto, os sócios diziam pretender a construção de um estádio novo situado na Veiga de Creixomil, onde hoje se ergue a Cidade Desportiva, e que, segundo eles, teriam o mesmo custo que os "remendos" projectados para o recinto existente.
Assim seria, com o D. Afonso Henriques a ser remodelado, pese embora várias polémicas, ficando a ser como o conhecemos!