Terá sido dos jogadores mais icónicos daquele Vitória da década de 60.
Nos primeiros passos do, então, Municipal, (e nos últimos da Amorosa), António Mendes foi a estrela da companhia que muitos jogos resolveu...à pedrada!
Por isso, ganhou uma curiosa alcunha, para além do celebérrimo "Pé Canhão". Mendes era o Guerrilheiro, atento às suas virtudes e defeitos que se baseavam num extraordinário disparo, que por vezes era forte e directo, outras estapafúrdio e desgarrado, como escreve o número da publicação Ídolos que a ele foi dedicada.
Acima de tudo, o seu pé esquerdo, segundo a mesma publicação, "atira uma pedrada, para a qual, não há guarda-redes, por mais atento e seguro, que possa aguentá-la".
Concluía-se então, ainda em linguagem belicista, que "na guerra de guerrilhas, é também o inesperado e a surpresa que leva à conquista de uma posição. E o futebol, hoje mais do que nunca, é como uma guerra..." Foram 83 surpresas em 217 partidas que levaram os vitorianos ao êxtase!