COMO O PRIMEIRO JOGO DAQUELE ANO, MATOU UM SABOROSO BORREGO E ABRIU UMA DÉCADA INESQUECÍVEL...

A temporada de 1962/63 foi decisiva para o futuro vitoriano.

Com efeito, as vendas de Augusto Silva e de Pedras ditariam a necessária revolução dos Conquistadores, atento os jogadores que vieram a título de troca para o clube e que tiveram papel decisivo no futuro do Vitória. Falamos de nomes como Mendes, Peres, Manuel Pinto ou Teodoro.

Por isso, aquele jogo a 23 de Setembro de 1962, no sopé da Serra da Estrela, na Covilhã, a contar para a Taça de Portugal terá sido histórico. Foi o início de uma nova era, o encetar de uma equipa que duraria praticamente dez anos, conseguindo dois quartos lugares e um terceiro lugar.

Assim, sob o comando do argentino José Valle, que no ano anterior estivera ao serviço do Atlético, ficou para a história a primeira equipa de um novo período: Roldão; Caiçara, Freitas; Manuel Pinto, Silveira, Virgílio; Paulino, Romeu, Teodoro, Peres e Daniel. Quanto ao jogo, segundo o Notícias de Guimarães de 30 de Setembro de 1962, "a equipa vimaranense impôs inicialmente o seu jogo. Teve mesmo sempre o domínio da contenda. (...) O seu futebol foi simples. Queremos dizer que os lances que desenvolveu foram de boa corrida, directos à baliza adversária, produtivos."

Prova disso, os três golos obtidos por Daniel, Teodoro e Peres que neutralizaram o tento serrano, no início de uma temporada que haveria de findar com um quarto posto e a disputa da final da Taça de Portugal. Por isso, "a equipa fez o resultado que mais convinha. Deu a deixa aos seus adeptos. Compete a estes, agora, corresponder-lhe no futuro, com o apoio que alicerça triunfos."

A confirmar a época de esperança que se abria, o facto de que "nunca havíamos triunfado do Covilhã, no seu terreno. Fomos lá com equipas tidas como melhores e baixávamos a bandeira." Era a morte de um borrego e um início de uma década que haveria de deixar as melhores memórias aos vitorianos!

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