Já aqui escrevemos, hoje, do vínculo que há-de sempre ligar o Vitória à Póvoa de Lanhoso e ao Maria da Fonte, atendendo ao facto de terem sido os Conquistadores a participarem na festa de inauguração do Campo dos Moinhos Novos em 1926.
Eram os tempos áureos do futebol na Póvoa de Lanhoso, com a equipa local a ser capaz de ombrear com os emblemas mais importantes do distrito, participando no campeonato distrital, a máxima prova que os emblemas pertencentes à região de Braga podiam aspirar.
Assim, no primeiro jogo oficial frente aos homens de terras de Lanhoso, o Vitória, a defender o seu primeiro título distrital conquistado brilhantemente em Braga, venceria por três bolas sem resposta, demonstrando uma superioridade que se supunha que o pudesse levar à revalidação do ceptro.
Não sucederia contudo, com o Vitória em luta contra o sistema orquestrado e gerido pelo SC Braga. Assim, com fundamentos incidentes ocorridos aquando da passagem da caravana arsenalista por Guimarães quando se dirigia para Fafe para disputar uma partida, o Benlhevai seria interditado por duas partidas, impossibilitando que o Vitória recebesse o Sporting minhoto e o Fafe na cidade vizinha e rival, bem como a ter de pagar uma multa de três contos e setecentos e cinquenta escudos (17,5 euros).
Com essas dificuldades, o Vitória haveria de perder o título anteriormente conquistado, levando a que o Notícias de Guimarães escrevesse que "às maiores tropelias cometidas pela A.F. Braga. Torcida toda a verdade, cuspida a imbecilidade e a desfaçatez dos dirigentes do Desporto Distrital, o Sporting Clube de Braga arrancou a sua vitória de Campeão, queimados os foguetes do estilo e ouvidos os acordes das músicas paisanas. Salvé, Campeão da Secretaria da A.F. Braga! Salvé! Salvé!”
Outros tempos...