O DOCE SABOR DA VINGANÇA

As almas vitorianas ainda sangravam.

Aquela final da Taça de Portugal, perdida graças à famigerada arbitragem de António Garrido, naquela temporada de 1976/77, ainda estava bem presente nas mentes.

Por isso, quando no sorteio dos 16 avos de final da Taça de Portugal, calhou em sorte os axadrezados, todos os vitorianos salivaram com o desejo de vingança.

Assim, naquele dia 21 de Fevereiro de 1977, num dia de forte intempérie, assistiu-se a uma partida com os pensamentos do que houvera sucedido na temporada passada. Assim, os primeiros minutos foram quezilentos, nervosos e com vários sururus entre os jogadores.

Apesar do rival ter tido as primeiras oportunidades, seria Pedrinho a apontar o golo inaugural… com os boavisteiros a reclamarem da legalidade do golo, num claro sinal de justiça divina.

A vantagem haveria de ser ampliada num golo de Tito, o “Gerd Müller vitoriano”, num lance de insistência e a aproveitar uma bola que ficara presa numa poça de água.

O Vitória vingava o roubo do ano transacto… para cair na eliminatória seguinte perante a CUF, a actuar no segundo escalão, à imagem do que tantas vezes sucedeu na centenária história vitoriana: cair onde menos era esperado! Mas a vingança, fria e gélida, estava servida…

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