O DIA EM QUE A AMOROSA ARDEU...


A Amorosa durante 19 anos fez parte do quotidiano vitoriano.

Um campo acanhado, construído à pressa graças ao empreendedorismo de Antero Henriques da Silva porque o Benlhevai não tinha as dimensões mínimas exigidas tornou-se num dos maiores símbolos da história vitoriana.

Assim, apesar da equipa principal tê-la utilizado entre 1946 e 1965, continuaria até 1976 a ser o reduto dos escalões jovens, esculpindo diversos talentos que ajudaram ao êxito do Vitória e coexistindo com o então Municipal,

Porém, durante os anos em que a equipa sénior usou o recinto, um infeliz momento marcou a sua existência. Com efeito, já aqui falamos da estreia do inesquecível goleador vitoriano e primeiro brasileiro da história do clube, Ernesto Paraíso, à quinta jornada do campeonato nacional da Segunda Divisão perante o Leixões. O avançado faria três golos, o Vitória com esse triunfo esconjurava um péssimo início de campeonato com, apenas, um empate em quatro partidas e tudo seria melhor a partir daí...

Todavia, naquele dia 02 de Outubro de 1955, outro facto sucedeu. E poderemos qualificá-lo de aterrador e ainda mais tendente a adensar os problemas de um clube que tinha como principal preocupação regressar o mais depressa possível ao escalão maior do futebol português.

Assim, nesse dia, já após o final da contenda, como narra o Notícias de Guimarães de 09 de Outubro de 1955, "foi dado alarme de incêndio no Campo da Amorosa." Com efeito, "parte da bancada central foi destruída pelo fogo", levando a inúmeros e avultados prejuízos que o clube deveria suportar.

Assim era necessário "reconstruir a bancada destruída e isso é despesa de monta." Como tem sido apanágio da história vitoriana iria ser necessário a ajuda de "todos os vimaranenses dedicados ao Vitória", que sempre foram incapazes de virar as costas ao clube nos momentos difíceis!

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