COMO EM MAIS UM ANO DIFÍCIL, UM TRIUNFO SOBRE O BENFICA DEU ALGUMA MARGEM DE MANOBRA...

O ano de 1950/51 foi deveras atribulado no Vitória...

Aliás, como já escrevemos, a equipa só se salvou dos denominados "Jogos de Competência", graças a um caso de corrupção que despromoveu o homónimo sadino.

Porém, o desfecho daquela temporada ainda poderia ter sido pior, caso naquele dia 19 de Novembro de 1950, os Conquistadores não o tivessem sido na verdadeira acepção da palavra, olhando de frente para um Benfica que, apesar do ano menos feliz, nesse ano ainda acalentava esperanças de conquistar o título.

Na verdade, a alinhar com Silva; Costa, Cerqueira, Vieira; Magalhães, Rebelo; F.Mota, Brioso, Mota, Alcino e Lelo, a equipa vimaranense conquistou o segundo triunfo da temporada, após ter vencido o Belenenses na quinta jornada. Um êxito, que segundo o Notícias de Guimarães de 26 de Novembro desse ano, ocorreu "contra a expectativa e dando satisfação aos anseios dos apaniguados vitorianos (...) insuflando, desta maneira, um pouco mais de confiança na sua actuação futura no prosseguimento do campeonato".

Na verdade, nesse dia, "mercê da sua energia, denodado apego à luta e forte decisão de vencer”, a equipa orientada por Janos Biri terá feito um dos melhores jogos da temporada, sabendo ainda "tirar partido do estado lamacento do terreno, desenvolvendo um sistema de jogo em que os toques na bola eram dados na medida precisa, o que lhes permitiu infiltrarem-se constantemente e perigosamente na área de remate defendida pelos lisboetas".

Assim, com doze minutos de partida, já a equipa vitoriana vencia por duas bolas sem resposta, graças aos tentos de Brioso, ainda que a equipa lisboeta reduzisse quase logo de seguida. "Desde este incidente, verificado aos vinte minutos de jogo, até final da primeira parte, período, no qual, ambos os contendores se igualaram em domínio e oportunidades criadas, o marcador manteve-se na posição de 2-1".

Na segunda metade da partida, destacou-se a "acção do médio Rebelo a qual se pode classificar de magistral, foi o foco alimentador do ataque e o baluarte intransponível da defesa". Com a equipa em bom plano, Fernando Mota, no ocaso da partida haveria de apontar o terceiro tento vitoriano, selando um resultado merecedor de todos os elogios, num ano em que as razões para estes rarearam!

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