COMO FERNANDO MOTA, "UM MOÇO CHEIO DE VOLUNTARIEDADE", FOI CAPAZ DE ATENUAR UM TERRÍVEL INÍCIO DE CAMPEONATO

Aquela temporada de 1950/51, sob as ordens de Janos Biri, começou de forma terrível.

Na verdade, os Conquistadores nas nove primeiras jornadas sofreram quatro derrotas, empatando outras tantas partidas e, apenas, vencendo o Belenenses, naquele que seria provavelmente a partida mais difícil dessa série.

Porém, naquele dia 15 de Outubro de 1950, a equipa composta por Silva; Vieira, Costa; Magalhães, Cerqueira, Rebelo; Fernando Mota, Armindo, Mota, Alcino e Franklim, como escreveu o Notícias de Guimarães do dia 22 desse mês e ano, a exibição dos Conquistadores foi "notável a todos os títulos e deve ter satisfeito os seus adeptos."

Naquela tarde, contudo, existiria um herói: Fernando Mota, que nessa época seria capaz de apontar nove golos, e que, apesar, "de todos os seus homens, de uma maneira geral, se mostraram dignos da camisola que envergam..." foi o autor dos três golos do clube do Rei nessa tarde. Segundo o jornal consultado, tratava-se de "um moço cheio de voluntariedade e que espreita todas as oportunidades para somar tentos para o seu grupo."

Consegui-lo-ia, logo ao primeiro minuto, "num soberbo remate .... sobre passe de Rebelo." Aos 24, "num seguimento de lance de apuro junto à baliza de Sério, rematou vitoriosamente de uma bola que ressaltou das mãos do keeper lisboeta.", num momento em que a partida estava empatada a um.

Na segunda metade haveria de concluir a sua tarde de glória com outro golo, para parecer que as nuvens negras haviam passado. Puro engano, contudo, com a equipa a averbar três desaires consecutivos e um empate...para surpreendentemente esgalhar um triunfo sobre o Benfica na Amorosa e em casa do Sporting. Mas, isso, serão outras histórias!

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