terça-feira, 1 de outubro de 2024

FALEMOS DE AMÉRICO DURÃO... O PRESIDENTE POETA DO VITÓRIA, AINDA QUE ESQUECIDO NO SEU PRÓPRIO SITE...



Américo Durão não nasceu vimaranense e, muito menos, vitoriano. Nascido em 1892, na freguesia de Couço, pertencente a Coruche, cedo demonstrou a sua veia poética que iria servir de inspiração a Florbela Espanca.
Porém, numa altura em que qualquer homem das artes, ainda para mais poeta, tinha de ter outra ocupação Américo também seria professor, Cônsul de Portugal em cidades espanholas e italianas, ainda que por uma redução no quadro de pessoal, suscitada pela política de contenção financeira levada a cabo por Salazar, houvesse ficado desprovido de funções.
Por isso, sem trabalho, aceitou de bom grado a nomeação em 1930 para Chefe da Secretaria da Câmara Municipal de Guimarães, onde ficaria até 1941. Nesse espaço de 11 anos, o sentimento vitoriano e vimaranense tomaria conta dele. Passados dois anos de chegar à cidade, contraria matrimónio, passando a ter papel activo no Notícias de Guimarães, bem como nas Gualterianas.
Com uma vida social tão activa, o convite para pertencer aos órgãos sociais do Vitória haveria de surgir. Entre 1937 e 1939 como presidente da Assembleia Geral e desse ano até 1941 como presidente da direcção. Nesse ano, tal como sucedera em 1930, um despacho haveria de lhe mudar a vida, regressando a Lisboa para exercer o cargo de Chefe de Secção de Propaganda e Turismo da Câmara alfacinha. Haveria de falecer nessa cidade, em 1969.
Porém, por mais estranho que pareça, Durão passa quase incógnito nos registos do clube. Apesar de ser mencionado por Raúl Rocha e Custódio Garcia nos seus respectivos livros, a verdade é que o clube na listagem dos presidentes no seu sítio oficial passa do ano de 1937 para 1941, precisamente o período em que teve um poeta e homem das artes a liderá-lo... e a preparar o caminho para no ano seguinte subir pela primeira vez ao principal escalão do futebol português.

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