quinta-feira, 3 de outubro de 2024

COMO UMA GOLEADA, COM DIREITO A POKER, AFASTOU OS MEDOS DE UMA TEMPORADA DRAMÁTICA COMO FORA A ANTERIOR...

Estávamos na temporada de 1971/72...

Depois do susto que se revestira a época anterior, com a salvação a chegar naquele miraculoso empate no Estádio das Antas, o novo exercício foi de reformulação.

Como reforços chegaram os homens retratados na fotografia: Tito, Romão, Rodrigo, Leal e Ernesto e tiveram efeito quase imediato, com a equipa a chegar à quinta jornada com três triunfos e, apenas, uma derrota em Coimbra perante a Académica.

Contudo, o pior viria depois, fazendo lembrar fantasmas e medos passados. Na verdade, uma série de seis jogos sem conhecer o triunfo, com cinco derrotas e um empate, foram conducentes a óbvias preocupações acerca das reais capacidades de um conjunto que parecia em óbvia e clara crise de confiança. Aliás, no final desse ciclo, a equipa já se encontrava nos lugares baixos da tabela, no décimo segundo posto entre 16 participantes.

Por isso, aquele jogo com o Tirsense, às portas do Natal de 1971, era determinante para quebrar essa espiral de resultados negativa bem, pelo facto, de os Jesuítas contarem com mais dois pontos do que a equipa treinada por Mário Wilson.

Porém, nesse dia, os medos de uma época conducente a taquicardias foram definitivamente esconjurados. Com efeito, a alinhar com Gomes; Costeado, Manuel Pinto, José Carlos, Osvaldinho; Custódio Pinto, Silva, Hélder Ernesto; Ibraim, Jorge Gonçalves, Tito, como escreve o Notícias de Guimarães, "a equipa tirou a barriga de misérias". Tal deveu-se ao facto de " a sua produtividade atingiu o auge aliada, para mais, a uma exibição de muita valia".

Uma produtividade consubstanciada pelo facto de aos 14 minutos da partida os Conquistadores já estarem a vencer por três bolas sem resposta, graças aos golos de Custódio Pinto e ao bis de Tito, abrindo um apetite goleador que só cessaria aos sete golos. Para a história ficaria o poker do avançado contratado à União de Tomar, e os golos de Custódio Pinto, Hélder Ernesto e de Jorge Gonçalves. Refira-se que este último foi determinante no êxito da equipa, pois, "com ele subiu, manifestamente, a acutilância da equipa, o que destroçou o quadro defensivo da equipa tirsense, pois Tito também se multiplicou com a ajuda do seu companheiro."

O Vitória respirava com outra tranquilidade, exorcizando medos e fantasmas... o ano não iria ser tão assustador como fora o anterior!


 

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