COMO UM TACKLE ASSASSINO SELOU MAIS UMA DERROTA E APROXIMOU MARINHO DO ADEUS...

Aquela temporada de 1992/93 estava a ser uma profunda desilusão.
O regresso de Marinho Peres não estava a surtir os efeitos desejados, ainda que o triunfo em dia de dilúvio perante o Boavista, com um golo de meio campo de Dane, parecesse dar alguma esperança.
Seguia-se, após esse momento alto, a recepção ao Porto. Nesse dia, 13 de Dezembro de 1992, o Vitória entrou a dividir o jogo, procurando confundir o adversário com mobilidade na frente de ataque, surpreendendo os azuis e brancos com dois homens pouco ou nada dados a marcações, ao invés da utilização do tunisino Ziad, esse sim um avançado de referência.
Aos 11 minutos, ainda numa fase precoce da partida, esta teria o seu momento chave, confirmando a sempre existente indulgência dos juizes para as equipas mais tituladas do futebol português. Com efeito, uma entrada por trás de Aloísio sobre Dane, em que o brasileiro em voo e a dois pés acertou no atleta vitoriano, inutilizou-o para o resto da partida e, inclusivamente, da temporada. Porém, apesar do médio ofensivo vitoriano ter de, imediatamente, ser substituído, Jorge Coroado pouparia o defesa central brasileiro de uma expulsão que, das bancadas, já se antevia e prognosticava.
Entraria Ziad em campo e o Vitória tentaria manter-se no jogo, o que conseguiria, apesar, do duro revés que sofrera. Assim, mesmo depois de, já na segunda metade da contenda, os portistas terem-se adiantado no marcador, Tanta seria capaz de igualar o resultado. Uma demonstração de querer e de atitude, que, porém, não seria suficiente com o adversário a apontar os dois golos que haveriam de garantir-lhe o êxito.
O Vitória era derrotado, muito por culpa da clemência da arbitragem de Jorge Coroado que poupou Aloísio a uma expulsão mais do que certa após entrada assassina sobre o melhor jogador vitoriano, e Marinho Peres sentia o caminho da continuidade a estreitar-se. Com a equipa no décimo quinto posto, urgia reagir o que não haveria de suceder, saindo o lendário treinador pela porta pequena...
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