Estávamos no início do ano de 1992, mais propriamente a 05 de Janeiro. Num Domingo solarengo, o Vitória, orientado por João Alves, recebia o FC Porto num duelo entre equipas em momentos de forma distintos. Assim, se os Conquistadores, depois do início do campeonato estrondoso, naquela altura já somavam cinco jogos sem triunfar, causando temores sobre o desejado apuramento europeu, do outro os portistas tinham uma defesa impenetrável, estando há onze partidas para o campeonato sem sofrer qualquer golo, o que era um record europeu para o seu guardião Vítor Baía.
Porém, nesse dia, o Vitória com Jesus, Quim Machado, Frederico, Matias, Basílio; Jaime Alves, Soeiro, Paulo Bento, Caetano; Basaúla e Caio Júnior,entrou de modo decidido e haveria de chegar ao golo, logo aos 23 minutos, na cobrança de uma grande penalidade apontada por Paulo Bento. Ruía o record do guardião portista em Guimarães...
Porém, a partir daí, o protagonista seria o juiz Pinto Correia, que, como escreveu o Notícias de Guimarães de 10 de Janeiro de 1992, "o Vitória com 10 e o Porto com 12." Aludia a uma das más decisões do juiz que passou pela expulsão de Caio Júnior numa "sentença dada pelo juiz sem ver a cena, pois Pinto Correia estava de costas para o lance e, quando é alertado pelo banco dos suplentes portista, bastou-lhe ver que era o sr. João Pinto que estava no chão para mostrar novo amarelo a Caio Júnior, que como já tinha um, viu o vermelho." Antes disso, já havia negado outra grande penalidade ao Vitória, por falta de Paulo Pereira sobre o mesmo Caio (em grande tarde até à expulsão) num lance que "toda a gente viu. Pinto Correia da forma que estava, também foi obrigado a ver, mas como se tratava do FC Porto era demais, dois penaltYs num jogo. Aliás, para Pinto Correia isto só poderá significar o aumento de mais uma vergonha no futebol português.."
Contra 10, o Porto haveria de crescer e empatar a partida... porém, para a história haveria de ficar a bela exibição vitoriana, o fim do record de Baía e mais uma terrível exibição de um juiz... nada de novo, em suma!
Tags:
1991/92