COMO UM DOS MAIS LENDÁRIOS GUARDA-REDES VITORIANOS CHEGOU A GUIMARÃES, VINDO DO SEU ALENTEJO NATAL...

" - Não posso concordar com a expressão que se utiliza muitas vezes aqui na cidade de Guimarães é má mãe e boa madrasta, porque também no futebol existem bons rapazes e maus rapazes. No Vitória conheci bons colegas e maus colegas e por isso existiram jogadores que foram acarinhados pelos sócios como existiram jogadores que foram desprezados. O que é verdade é que Guimarães sabe receber muito bem e foi isso que me espantou quando cheguei..."

Foi assim que Francisco Rodrigues, guardião do Vitória durante treze temporadas, a partir de 1966/67, e alentejano de Évora, narrou a sua ideia geral sobre Guimarães desde os primeiros momentos que chegou à cidade Berço, "uma cidade que logo me traiu e depois habituei-me facilmente e fui muito acarinhado por esta terra."

Porém, num tempo em que as observações eram praticamente todas feitas por interposta pessoa, a sua chegada a Guimarães, como o próprio reconheceu, foi decorrente de uma viagem atribulada. Assim, "tive de mudar várias vezes de transporte. Fiz a primeira viagem de Évora para Lisboa, depois de Lisboa para o Porto, onde estava o Sr. David Martins." Pasme-se que, segundo Rodrigues, este não o conhecia, esperando por eles na Estação de São Bento, no Porto, com uma fotografia do guarda-redes, que o Juventude, seu clube eborense, tinha enviado para para o Vitória. "Depois o resto da viagem foi de carro."

Não seria logo titular, "porque no Vitória estava um grande guarda-redes que era o Roldão, que apesar de estar em final de carreira, ainda fez grandes jogos.”5 Só na inesquecível temporada de 68/69 assumiria a titularidade para realizar 223 jogos de Rei ao peito, tornando-se numa das maiores lendas destes 102 anos de história!

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