A temporada de 1965/66 fora extraordinária.
Nas asas dos golos de Djalma e da fantasia de José Morais, o Vitória andou nos lugares cimeiros da tabela, findando o exercício num belíssimo quarto posto, que em condições normais daria acesso às competições europeias, mais especificamente à Taça das Cidades com Feira.
Porém, a verdade é que a equipa de Jean Luciano não entrou na competição europeia do ano subsequente, só se estreando nas provas uefeiras três anos depois.
A razão para isso ter sucedido é nos explicado por um artigo do Notícias de Guimarães de 02 de Julho de 1967 que remete esse facto para um lapso da AF Braga, tal como o jornalista Aurélio Márcio, anteriormente, houvera denunciado nas páginas do jornal A Bola.
Assim, tal deveu-se a um lapso da AF Braga que, como foi escrito, "os nossos dirigentes, de clubes e de associações, não estão por vezes actualizados com estes assuntos do futebol internacional e perdem, por via disso, situações privilegiadas alcançadas nos campos de jogos."
Ora, tal sucedera com o Vitória, pois como o próprio elucida, "o clube minhoto e a sua associação, ignorantes do regulamento da prova, não pediram a inscrição da cidade de Braga como cidade de feira." Na verdade, como se conclui deste extracto para um clube poder participar eram necessários dois requisitos: a inscrição na prova e na área associação promotora desta existir uma feira internacional que obrigatoriamente poderia desenrolar-se noutra localidade dessa associação.
Aliás, esse preceito era esclarecido no artigo do referido jornal vimaranense que concluía que "Feira Internacional na nossa Região, talvez já tenhamos suficientemente reconhecida, a de Barcelos, que, no âmbito do artesanato se alcandorou à melhor das reputações. Consequentemente, os principais Clubes minhotos poderiam angariar evidentes proveitos desta circunstância."
Por isso, a equipa do Rei, ainda, esperaria mais três anos pela primeira aventura europeia...