COMO UM CAMPO DE SONHOS QUASE SE TORNOU NO MAIOR PESADELO VITORIANO...

Na fotografia apresentamos o Campo dos Sonhos, em Ermesinde.

Nos dias de hoje relvado, mas naquela temporada de 1987/88, quando o clube das imediações do Porto militava na segunda divisão, um acanhado pelado que moía a cabeça e a paciência a qualquer conjunto tecnicamente mais evoluído que lá entrasse.

Não obstante isso, quando o sorteio da Taça de Portugal acasalou o clube da casa com o Vitória, todos os adeptos vitorianos terão alvitrado que, com maior ou menor dificuldade, os Conquistadores seriam capazes de resolver aí o problema. Verdade era que a temporada estava a ser uma desilusão, que a instabilidade técnica já tinha levado dois treinadores consigo, que os problemas fora do relvado com o castigo decorrente dos incidentes na partida com o Boavista ameaçam um final de êxito e tranquilo no exercício, mas o facto mais insofismável de todos passava pelo adversário vitoriano ser uma equipa de um escalão inferior e das masis limitados do mesmo.

Por isso, nesse mês de Março de 1988, com muitos vitorianos a ladearem o recinto de jogo e com José Alberto Torres a orientar a equipa, entraram em campo Jesus; Costeado, Miguel, Nené, Basílio; Rui Vieira, Nascimento, Carvalho; N'Kama, Ademir e Tozé. Seriam cento e vinte minutos de nada, de uma incapacidade gritante de fazer valer a teórica superioridade vimaranense. A equipa que um ano antes disputara os quartos de final da Taça UEFA seria incapaz de fazer ruir o muro da equipa da casa, que, nesse dia, teve no guardião Jorge um verdadeiro herói.

Por essa razão, a modesta equipa de Ermesinde, numa altura em que, ainda, existiam jogos de desempate, de viajar até ao Berço da Nação para a partida de desempate. Aí, finalmente, a equipa vitoriana conseguiria fazer o que lhe era exigido, adiantando-se na primeira parte da partida no marcador, graças a um golo do defesa Nené. Seria o esboroar da resistência do adversário que na segunda parte, ainda sofreria mais dois golos por intermédio de Caio Júnior e de Ademir. Ainda haveria tempo para os ermesindenses obterem um prémio de consolação graças a um tento de Caneco, mas o Vitória estava na eliminatória seguinte...com um jogo extra e um sacrifício desnecessário.

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