Rola foi dos jogadores mais emblemáticos do Vitória na década de 50 do século passado. Tendo começado a sua carreira no clube da sua cidade natal, o Estarreja, cedo o seu talento deu nas vistas a ponto de chegar ao Sporting no exercício de 1949/50.
Porém, nunca se afirmaria totalmente nos Leões de Alvalade, atento ao brilhantismo dos Cinco Violinos, ainda que em quatro épocas fizesse 32 partidas.
Porém, de um momento para o outro, a sua realidade no clube lisboeta seria alterada, por causa de uma digressão ao Brasil. Como o próprio reconheceu em entrevista ao jornal do Vitória em 2007, "em finais de 1952, fui jogar pelo Sporting ao Brasil e senti-me desprezado pelo treinador." Na verdade, não o colocou a jogar e tal levou a que tomasse relevante decisão. Assim, "quando cheguei a Portugal, sabendo do interesse do Vitória, disse aos responsáveis que queria vir para Guimarães. Eu era um grande jogador e tinha que jogar sempre!" Aliás, a vontade em rumar à Cidade Berço era tanta, que "inclusive disse-lhes que, se não me deixassem ir, acabava a carreira e ia para Estarreja, a minha terra natal."
Por isso, na temporada de 1953,/54, o Vitória garantia um jogador genial, a troco de 35 contos de luvas e 1.500$00 de ordenado. Começava uma ligação que se prolongaria por muitos anos como jogador, também como treinador, e por fim como prospector de jovens talentos pelas escolas do concelho.