A história foi contada recentemente pelo antigo presidente do Vitória, António Pimenta Machado, no portal ZeroZero.
Assim, no momento em que assumiu a liderança dos Conquistadores, em 1980, para um longo período de 24 anos à frente dos destinos do clube, deparou-se com um projecto para a construção de um novo estádio, levado a cabo pela anterior direcção, de modo ao recinto que, ainda, hoje existe, ser retirado do local onde se encontra.
Em entrevista ao Povo de Guimarães de 10 de Março de 1982, o, então, líder assumia essa possibilidade, atento a que "a Direcção anterior tinha um projecto de implantação dum complexo desportivo na zona das Piscinas." Porém, de imediato, o, então, jovem presidente vitoriano perceberia que tal era inviável, pois "o estádio que estava previsto rondaria os 600 mil contos. Ora se o Vitória não tem 2 mil contos disponíveis para obra, como os arranjaria?"
Assim, a curto prazo defendia a manutenção do recinto no local que sempre o conhecemos, já que "clubes de grande gabarito, em Inglaterra, e noutros países, têm os seus estádios dentro das cidades." Porém, apesar disso, o Vitória começava a perceber ter de se bater numa guerra contra a autarquia, que haveria de durar até 1986, já que "encetamos conversações com a Câmara, apresentando vários projectos e por esta ou aquela razão nunca foram aceites."
Por isso, teria de avançar com uma "solução de consenso quanto à localização do novo estádio que não será na zona das Piscinas, mas sim um pouco mais acima, em Margaride. E a Câmara prometeu-nos que ficaria concluído num prazo de 6/8 anos, sobre o que tenho as minhas dúvidas, mas de certa forma não me preocupa, pois a solução encontrada satisfaz-nos nos próximos 10/15 anos."
Tudo, entretanto, mudaria...Pimenta, com rasgo negociar, haveria de conseguir negociar com a autarquia a passagem de propriedade do recinto desportivo para o Vitória, não mais pensando em mudá-lo de local! Ainda que, por alturas das obras do Campeonato Europeu de 2004, tivesse avançado com a hipótese do Vitória ter uma casa nova, mas isso será matéria para outra história...