Estávamos no início de 1934... o ano em que o Vitória haveria de fazer história ao conquistar o primeiro título distrital da sua história.
Porém, antes desse glorioso momento urgia olhar para as condições necessárias para os valorosos atletas poderem exprimir todas as suas potencialidades.
Porém, tal não seria fácil. Com efeito, atendendo ao Inverno que, nesse ano, fora excessivamente rigoroso, o Benlhevai, campo inaugurado dois anos antes, não se encontrava nas melhores condições. Assim, com pouco dinheiro em caixa, era necessário tentar que todos se mobilizassem na recuperação do pequeno e acanhado recinto.
Assim, como refere o Comércio de Guimarães de 19 de Janeiro de 1934, foi marcada uma assembleia-geral na sede do clube, à qual compareceram grande número de associados, e onde "o seu presidente, o Snr. José Pinto Rodrigues disse o motivo que alli os reunia: o campo de jogos, devido ao inverno que nos atormentava, necessitava de obras."
Porém, a verdade é que para tal ser exequível, as obras "só podiam fazer-se com o auxílio e esforço de todos os associados, para os quais se apelava." Para que todos pudessem envolver-se numa causa comum, ajudando o Vitória, "foi resolvido abrir-se uma subscrição pública para auxiliar e custear essas despezas."
Poucos dias depois, os Conquistadores receberiam o Coimbrões no seu campo, sendo que "apezar do tempo invernoso que esteve de manhã e de a tarde ameaçar chuva, o campo registou uma regular enchente, vendo-se entre a assistências muitas senhoras." , tal como narrou o Comércio de Guimarães de 30 de Janeiro desse ano. O empate a três era o menos importante, pois a participação dos vitorianos demonstrava que iriam dizer que estavam dispostos a abraçar as necessidades dos Conquistadores...como tantas vezes iria suceder ao longo da história!