COMO O VITÓRIA COMEÇOU A RECUPERAR TERRENO, DEPOIS DE UM ARRANQUE PREOCUPANTE E EM FALSO...

Já aqui escrevemos que a temporada de 1984/85, sob orientação do Velho Feiticeiro belga, Raymond Goethals, teve um arranque em falso. Na verdade, a aposta nos jovens, prata da casa, que haviam-se sagrado vice-campeões de juvenis não surtira o efeito desejado, obrigando a direcção dos Conquistadores a realizarem novas incursos no mercado. Assim, como escreveu o jornal Povo de Guimarães de 22 de Fevereiro de 1985, "fizeram-se aquisições que lhe enriqueceram sobejamente a capacidade: Isima, César, Roldão, Tincho e Neno estão à altura tradicional do nosso Vitória."

Contudo, tal "baralhar e dar de novo" no projecto, faria com que "os jovens Miguel, Soeiro, Sérgio, Jorge Machado, Neca Cunha, Lopes e Paulo Viana já quase não aparecem, sequer, como suplentes. Tinham sido, pelos vistos, lançados prematuramente. Um ou outro, incluído no meio de um quadro valorizado, tinha-se salvado. Assim, foi como se viu." Mas, para tal suceder, a massa associativa, também, teve um papel determinante, já que "...barafustou e cremos a tempo de tudo ainda se salvar e a nau chegar à doca com os seus comandantes a merecerem medalhas..."

Assim, naquele dia 16 de Fevereiro de 1985, em Braga, no 1º de Maio, casa do eterno rival, foi um "novo Vitória" que entrou em campo, com um onze composto por: Neno; Costeado, Rui Vieira, Teixeirinha, Valério, Laureta; Paquito, Tozé, Isima; Roldão e César. No fundo, a base da equipa que, no ano seguinte, iria conquistar um belo quarto posto, ainda que lhe faltasse a "pedra de toque"... leia-se Paulinho Cascavel! A comprovar a mudança de filosofia desportiva empreendida, no banco estavam Jesus; Miguel (o único que se salvou da limpeza) Hilário, Tincho e Paulo Ricardo.

Assim, o Notícias de Guimarães de 22 de Fevereiro desse ano, era claro em escrever que "a caminho da melhor forma, o Vitória deu festival." Tal era corroborado pelo outro jornal vimaranense que escrevia que a equipa, apesar do empate "fez realmente por mais, já que ali se houvesse um vencedor, este unicamente poderia ter sido o conjunto vitoriano." Contudo, "algumas perdidas incríveis por banda dos vitorianos e uma actuação nitidamente prejudicial da equipa de arbitragem aos interesses da equipa de Guimarães fizeram com que o triunfo não acontecesse." Acrescentamos nós um pouco de azar, pois ao golo de Valério na parte final do desafio, o adversário ainda conseguiu empatar mesmo no final, graças a um tento de Spencer.

Assim, por todos esses factores, e por causa de uma "desgarrada tentativa de conservar o resultado tangencial" permitia ao adversário igualar o Clássico do Minho, mas dava a certeza que, finalmente, estava no bom caminho!

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