COMO O TRI DISTRITAL COMEÇOU A SER CONQUISTADO EM FAFE, HÁ 86 ANOS, PERANTE GRANDE MULTIDÃO VITORIANA... PARA ACABAR EM APOTEOSE COM SETE AO BRAGA!

Estávamos na temporada de 1937/38...

O Vitória, orientado pelo técnico Alberto Augusto, dominava o panorama distrital do futebol. Já bicampeão da sua zona, era equipa a ter em conta, naquela que era a competição que merecia cuidada atenção e que permitia à equipa participar na II Liga Nacional, o único campeonato nacional que lhe era permitido participar.

Por isso, no distrital a equipa mostraria a sua força. Depois de uma primeira volta praticamente invictos, os Conquistadores sofreram a sua primeira derrota em Braga. Nada que os afectasse, fazendo com que naquele dia 12 de Dezembro em Fafe, se jogasse a cartada decisiva para o título, antes da partida frente ao eterno rival que seria decisiva.

Tal contenda gerou grande entusiasmo nas hostes vitorianas, pois, como refere o Notícias de Guimarães, "quando chegamos ao Campo de S. Jorge, o aspecto era de si surpreendente.

O peão regurgitava de centenares de pessoas e as bandeiras alvi-negras erguiam-se ovantes por cima daquele grande mar de cabeças.", reforçando o Comércio de Guimarães que "O povo não desertou. No Domingo passado deslocaram-se a Fafe, para amparar e encorajar o Club, mais de 1200 pessoas. O comboio levava lotação completa e em caminhetas e automóveis seguiam mais algumas centenas."

Tal apoio seria confirmado quando "Às quinze horas, menos cinco, a equipa vimaranense faz a sua aparição no rectângulo e saúda com vibrante confiança a falange de apoio vimaranense."

Porém, os golos, esses, só haveriam de chegar na segunda metade, com três golos. Zeferino, Pantaleão e Bravo, graças a três remates colocados, abriam as portas do título perante "o entusiasmo popular que atinge o seu auge, e o nome do Vitória é pronunciado em alta grita."

Além disso, "o resultado alcançado pelo grupo vimaranense representa um grande triunfo para a Cidade e Concelho, ponderadas que sejam as razões que tornam o Club de Fafe "Inimigo Nº1" do Vitória - pela deslealdade em que vem assentando todos os actos que se relacionem com a vida dos dois grupos e pela imposturice..."

Para ser campeão era necessário vencer na última jornada, o SC Braga. Perante um Benlhevai lotado, o Vitória seria arrasador. Venceria por sete bolas sem resposta, numa "segunda parte em que se construiu a retumbante vitória do campeão." Assim, depois de estar a triunfar por uma bola a zero, na segunda parte apontaria mais seis golos, triunfando por claros sete golos sem resposta.

O Vitória cobria-se de glória e conquistava o tri!

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