COMO AQUELA ASSEMBLEIA EM NADA ADIANTOU, POR CAUSA DO DESINTERESSE VITORIANO, LEVANDO A OUTRA ONDE (FINALMENTE!) SE ESCOLHEU UM PRESIDENTE!

 

O Vitória passou por dificuldades financeiras naquele ano de 1937.

Por isso, como já escrevemos, até filmes passaram no Benlhevai para angariar fundos para ajudar a suportar as despesas que o clube ia enfrentando.

Porém, urgia tomar medidas de fundo, que passavam pela realização de uma Assembleia-Geral para apreciar o relatório e contas da direcção que terminava o seu mandato e eleger os corpos gerentes para o ano de 1937/38.

Deste modo, a 22 de Julho de 1937 realizou-se a reunião magna de associados, que seria uma desilusão, como escreveu o Notícias de Guimarães de 25 de Julho, já que "lamentavelmente, os sócios primaram pela ausência., revelando-se desse modo de uma pasmosa inconsciência. (...) A assistência à reunião foi, quási, reduzidíssima, das menos frequentadas de todas a que temos assistido."

E tal era estranho suceder, já que "dada a máxima importância da reunião, atento os assuntos que nela seriam versados e a imprescindível necessidade de tomar deliberações que contribuam para solucionar satisfatoriamente alguns problemas para a vida, ou, melhor, para a existência da colectividade , era de esperar que os sócios, compenetrados dos seus mais elementares deveres a ela acorressem..."

Assim, compareceram, apenas "os autênticos, os carolas, os verdadeiros amigos, salvas poucas excepções, motivadas por circunstâncias de força maior. A grande massa ficou-se pelo jardim a ouvir música ou pelas portas dos cafés, refastelado o corpo em cómodos vimes, a tomar o fresco da noite, a gosar da branda aragem."

Por essa razão, a assembleia teria de ser adiada, passando para 04 de Agosto, sendo eleitos os corpos gerentes para a temporada com José Pinto Rodrigues a ser eleito presidente efectivo e Amadeu da Costa Carvalho presidente honorário.

Seriam eles a estabilizar o clube, mas isso já será outra história.

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