Estávamos em 30 de Outubro de 1936...
Os vitorianos estavam entusiasmados com a goleada da sua equipa por uma dúzia de golos ao Famalicão e, por isso, rumaram a Fafe em grande número, desejosos de repetir o extraordinário feito da jornada anterior.
Tal era reconhecido no Comércio de Guimarães que escrevia que "Guimarãis continua a bater o record da deslocação de assistencia aos desafios de campionato distrital."
Tal conclusão era justificada pelo facto de "os vimaranenses nunca esmorecem...É uma qualidade digna de louvor. Continuam a manter grande entusiasmo pelo seu grupo e póde, afoitamente, dizer-se que sem a colaboração de Guimarãis, o campeonato ficaria muito reduzido quer em interesse técnico quer em interesse financeiro."
Estes nacos de prosa eram justificados pela enchente vitoriana que inundou Fafe ajudando a equipa a vencer e a manter-se nos trilhos do título. Assim, era descrito que "o público desportivo de Guimarãis despertou e foi de longada até Fafe. num montante de bastantes centenas em comboio especial, de automóvel e camionetes, levando ao seu grupo o entusiasmo preciso para conseguir uma justa e merecida vitória."
Ultrapassado mais um escolho rumo à recuperação do título distrital, "houve em Guimarãis manifestações de regosijo que abrangeram em especial o estimado treinador do Club vimaranense e os demais jogadores."
O Vitória nunca caminhava só...
Para a história ficava a equipa que aqui apresentamos. Da esquerda para a direita: Lima, José Maria, Salgado, Laureta II, Alberto Augusto (jogador-treinador), Virgílio, Clemente, João Bom, Bravo, Zeferino e Ricoca.