COMO NEM UM AMBIENTE DESINTERESSADO E UMA CRISE DIRECTIVA FORAM CAPAZES DE IMPEDIR UM ANO DE ÊXITOS...


Estávamos prestes a começar o campeonato distrital de 1936/37...

Um ano em que, segundo o Comércio de Guimarães de 16 de Outubro de 1936, "o futebol nacional atravessa uma das suas maiores crises, e se não houver, de pronto, reagentes, maus dias lhe estão reservados."

Assim, segundo o cronista, tal devia-se ao facto de "o público desinteressa-se dos jogos, os jogadores não teem amor aos Clubes que os criam e lhes dão nome, sendo sempre os mais prejudicados os da província..."

Atendendo a esse facto, puganava-se pela união de todos os adeptos em "redor dos dirigentes locais, acorrendo aos desafios e incitando os jogadores a honrarem a equipa..." Assim, lançava-se o apelo aos "Desportistas vimaranenses: agrupai-vos e dai carinho ao auxílio ao vosso Grupo desportivo, para que ele possa continuar a levar, barreiras foras, o nome da Terra e o eco das suas vitórias!"

Porém, tal apelo haveria cair em saco roto. Na verdade, com os líderes do clube a sentirem-se desamparados, surgiram uma série de demissões que levou à queda da direcção. Assim, teve que ser criada uma Comissão Administrativa composta por Amadeu da Costa Carvalho, Amadeu José de Carvalho, António Neves, Augusto Mendes e João André.

No Comércio de Guimarães de 30 de Outubro de 1936 considerava-se que "é um núcleo de desportistas dedicados, com uma só vontade e desejo: o progresso do Vitória, sendo por esse motivo digno da simpatia do público, desportista da nossa Terra."

Teriam o êxito desportivo a ajudá-los, começando o Vitória a sua participação no Campeonato Distrital com um triunfo por doze bolas a zero sobre o Famalicão, numa caminhada que só findou em mais um título...

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