A vontade de ter um pavilhão sempre norteou os desígnios do Vitória. Principalmente, desde a década de 80 do século passado, altura em que foi formada uma valorosa equipa de voleibol feminino que o desejo do Vitória ter uma casa própria para as modalidades se agudizou.
Essa infra-estrutura acabaria por surgir em 1997, na altura da celebração das bodas de diamante do clube e que deveria ser inaugurada em Novembro desse ano, com a presença do Presidente da República de então, Jorge Sampaio.
Contudo, com essa estrutura concluída, urgia dar um nome a um empreendimento vitoriano que Pimenta Machado, presidente da direcção, assumiu ter feito à imagem de Milanello, reduto do AC Milan e onde Arrigo Sacchi e Fabio Capello esculpiram equipas que ficaram na história do futebol.
Assim, em Julho do ano citado, na tradicional Assembleia-Geral que se realiza nessa altura, como ponte gerador de interesse estava a atribuição do nome ao Complexo do clube, que até então era conhecido como o Complexo da Unidade, em alusão ao facto dos terrenos onde o mesmo foi erigido, anteriormente, serem pertença da Unidade Vimaranense.
Deste modo, para sugestão para o nome, como escreveu o Notícias de Guimarães de 01 de Agosto de 1997, "o ex-presidente da Assembleia-Geral do clube, Dr. José Cotter, lançou o repto de que este era o ano ideal, porque se comemoravam as Bodas de Diamante do clube para ser prestada a justa homenagem ao homem que lidera há cerca de duas épocas a colectividade vimaranense."
A justificar a proposta, o facto de "a sua obra está por demais divulgada" bem como "o mérito da sua gestão à frente do clube que é campeão nacional dos clubes pagadores de impostos conforme o apelidam (orgulhosamente) os seus sócios."
Por isso, naquela noite, "por esmagadora maioria", os sócios vitorianos deliberaram denominar a obra de Complexo António Pimenta Machado. Com efeito, 88% dos associados presentes deram o assentimento a que esse fosse o nome da nova casa-forte vitoriana, enquanto 10% votaram em branco e os remanescentes 2% votaram nulo.
Depois da votação, Pimenta diria que “é um pouco constrangedor, mas sinto-me vaidoso pelo reconhecimento dos sócios. Tenho de aceitar humildemente a decisão. Se dissesse que não, chamavam-me falso modesto. Se disse que sim, apelidavam-me de vaidoso! Seria preso por ter cão e preso por não ter..."
A Unidade ganhava um novo nome por alguns anos...