COMO, NO INÍCIO DAQUELA SEGUNDA VOLTA, OS CONQUISTADORES ABATERAM O LEÃO, FAZENDO SONHAR COM UMA CLASSIFICAÇÃO AO NÍVEL DAS MELHORES...

Aquela temporada de 1965/66 foi capaz de desencadear os sonhos incandescente no Reino do Conquistador.

Na verdade, a equipa treinada pelo francês Jean Luciano e sustentada na genialidade de dois brasileiros, um a assistir (José Morais) e outro a facturar (Djalma) dava espéctaculo, marcava golos...e acima de tudo vencia, enfrentando qualquer oponente de peito feito, olhos nos olhos!

Assim sucedeu naquele dia 16 de Janeiro de 1966, em que no Municipal, por aqueles dias alvo de aceso conflito entre a direcção vitoriana e a autarquia pelas notícias que denunciavam a paragem na realização das suas obras de conclusão, o Vitória recebia o Sporting, até aquela altura invicto no Campeonato Nacional.

Com uma equipa composta por Dionísio; Gualter, Manuel Pinto, Joaquim Jorge, Daniel; Vieira, Peres; Mendes, Djalma, José Morais e Castro, como escreveu o Notícias de Guimarães de uma semana depois, "...o Vitória correspondeu às expectativas que se criaram em redor do encontro.." Aliás, fê-lo de um forma tão clarividente que "não agiu, por evidência, em benefício de terceiros, antes actuou para proveito próprio. É que, no momento, a equipa vitoriana é tão candidata ao título como a do Sporting e o Benfica..."

A comprovar essa corajosa asserção, o facto de "a capacidade vitoriana ficou evidenciada, no último Domingo. A melhor urdidura de lances foi sua, como sua ainda a preponderância individual dos jogares actuantes. O encontro não merecia ter outro triunfador que não fossem o vimaranenses." Para isso, contribuiu o bis de Mendes e o golo de Djalma, uma dupla que nessa temporada, em conjunto, haveria de marcar 37 golos, quase 64% de todos os tentos da equipa nesse ano e que tornaram inúteis os dois golos leoninos.

O Vitória colocava-se no terceiro posto isolado, a três pontos da liderança, sonhando com feitos únicos. Apesar disso, já se sabia que "as suas dificuldades serão maiores. Falta-lhe uma visão abonatória da Federação, uma distribuição de justiça referente aos árbitros ou, até, jogadores em quantidade para colmatar lesões e castigos com que se pode deparar." Tal haveria de ser confirmado pela onda de lesões que acometeu a equipa vitoriana na parte final do campeonato.

Porém, "é sobretudo, pela falta de um atento controlo federativo ou por menos imparcialidade dos juizes de campo que se pode considerar problemática a aspiração que tem direito a acalentar.” Ainda assim, naquele ano, em Guimarães, houve tempo e jogos para o espectáculo!

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