COMO NAS PALAVRAS DE GEROMEL, SENTIMOS UM TEMPO QUE PASSA... APESAR DE, PARA NÓS, SER SEMPRE AQUELE MIÚDO...

 " - Eu saí de casa com 17 anos, já estou com 39. Faz 22 anos que estou nessa estrada. Se eu ficar aqui, vou estar sempre treinando, cuidando da alimentação, do corpo, mas demanda muito de mim. Agora quero fazer outras coisas. Estou priorizando o tempo com a família, passar mais tempo em casa, levar meus filhos na escola."

Foi assim que Pedro Geromel, com 39 anos, anunciou, em conferência de imprensa, que no final do Brasileirão irá pendurar as chuteiras.

Mas, apesar da carreira de uma longevidade extraordinária e à qual como vitorianos agradecemos ter feito parte dela, faz-nos reflectir na voracidade da vida.

Para nós, Geromel será sempre aquele menino chegado de Chaves, dotado de uma classe extraordinária mas a necessitar de aprender. Estávamos no início da famigerada temporada de 2006/07 que culminou num tombo que ninguém esperava.

Porém, o jogador fez-se homem. Ajudou ao regresso e, na temporada seguinte, liderou uma defesa que chegou ao terceiro lugar do campeonato, sempre em "pezinhos de lã" e com uma leitura de jogo inigualável. Por isso, partiria, apesar de não ser mais esquecido, como um dos melhores defesas da história vitoriana.

Agora que anuncia o seu adeus, percebemos o tempo que passa... que aquelas memórias tão presentes já quase atingiram a maioridade. Que, como Geromel, os anos passaram por nós, mudando as nossas vidas e até como olhamos para-o Vitória. Só ele, nas nossas memórias, continua como o central com cara de menino, quase com a mochila e a lancheira nas mãos, a desarmar e a antecipar-se adversários como se não houvesse amanhã!

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