COMO NAQUELE TEMPO, OS JOGADORES VITORIANOS IAM PARA O CENTRO DA CIDADE E "AO DOUTOR BRAVO" COM A COMPANHIA DOS SEUS DIRECTORES...

Bártolo chegou ao Vitória na temporada de 1954/55.

Extremo veloz e habilidoso, haveria de actuar de Rei ao peito durante sete temporadas, num tempo em que o futebol era diferente... e que, talvez, tenha feito com que chegasse à popularidade que tem hoje! Com efeito, se hoje o Instagram é o modo mais eficaz para seguir as estrelas da bola, antigamente era diferente!

Foi o herói destas linhas, falecido em 2013, a confessar em entrevista ao jornal do Vitória de 22 de Agosto de 2000, que os grupos a que pertenceu eram tão unidos que pareciam irmãos, e "quando íamos para algum lado, ia o grupo todo."

E onde ia o grupo naqueles tempos? O ponto de encontro era num sítio que ainda hoje existe, sendo um dos maiores locais de tertúlia vitoriana: a cervejaria Martins.

Porém, como o próprio confessou "quando queríamos beber um copo, lá tínhamos de fazer uma limpeza de boca ao Dr. Bravo. Na verdade, íamos à Clarinha beber um copo, a ida ao Dr. Bravo era o nosso código."

Porém, a equipa, sempre em conjunto, também saía da cidade, como o próprio contou: "Ou então, depois dos treinos íamos muitas vezes a Moreira de Cónegos lanchar." Para isso, contavam com a conivência dos directores que "muitas das vezes também iam connosco."

Para isso suceder, faziam uso dos poucos proventos que auferiam, pois "naquele tempo nem se sonhava com dinheiro. Os prémios eram de 200$00, em certas alturas é que havia um extra, porque certos directores, casos do Sr.Antero, do Sr.Pimenta Machado, faziam o prémio subir para 500$00."

Outros tempos....

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