COMO (MAIS UMA VEZ!) SE COMPROVOU QUE EM BRAGA MANDAVA O VITÓRIA... E COM DIREITO A REVIRAVOLTA!

A temporada de 1942/43, como as que ocorreram até ao exercício de 1947/48, principiou com o campeonato distrital. Uma prova que tinha importância, pois o seu vencedor garantia o apuramento para a máxima prova nacional e, ao contrário do que sucedera na época anterior, sem a necessidade da realização de um play-off com o triunfante do distrital da AF Aveiro.

A equipa vitoriana, essa, daria sequência ao extraordinário ano anterior, onde venceu a prova distrital, conseguiu uma classificação intermédia na sua primeira participação no Campeonato Nacional e chegou à final da Taça de Portugal, ainda que a perdendo para o Belenenses e daria espectáculo no distrital.

Na verdade, venceria os jogos todos, à excepção do ocorrido em Famalicão, onde foi desfeiteada por duas bolas a zero.

Assim, a festa seria feita no seu Benlhevai perante o SC Braga, numa partida em que, segundo o Notícias de Guimarães de 20 de Dezembro de 1942, "o adversário lhe tivesse feito passar um mau bocado, pois na primeira parte chegou a ter duas bolas de vantagem."

Temia-se, por isso, que a festa de mais um título estivesse arruinada, ainda que um tento vitoriano, obtido por Miguel, fizesse destilar a esperança para a segunda metade. E tal confirmar-se-ia, atendendo ao facto de "o Sporting ressentido do grande esforço na metade inicial, foi dominado, por vezes intensamente, e sofreu três goals sem conseguir dar resposta”. Golos esses apontados por Arlindo, José Maria e Alexandre que "enfiou, de cabeça, uma bola vinda de corner."

Porém, além disso, destaque para a indisciplina adversária, já que "o Sporting ficou reduzido a nove homens, por dois terem sido expulsos do terreno. Foi o caso que, numa ocasião, em que Alexandre corria, ameaçador, para a baliza, o defesa Moreira entravou-lhe a marcha, mas de forma traiçoeira, provocando-lhe uma aparatosa queda, que só não teve consequências desastrosas, pela grande mobilidade de que é dotado o jogador. Foi em consequência disto que o árbitro impôs ao infractor o abandono do terreno. Este obedeceu, mas como o extremo esquerdo tomasse partido pelo colega, valeu-lhe isso ter de seguir o mesmo caminho."

O Vitória continuava no topo da hierarquia minhota e celebrava mais um título... e já se esperava o Sporting para dar início ao campeonato nacional, mas isso será outra história...

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